O Cacique - lider tribal.

sexta-feira, janeiro 28, 2005

Ah! Pois é! Vai haver eleições...


E eu aqui, a esquecer-me de dar um ar da minha graça.

A verdade é que faço parte dos descrentes. Estou violentamente descrente na vida política portuguesa.

Olho, de longe para os ecos de notícias, e de repente, tenho uma visão que corresponde á visão que tinha das eleições para a Associação de Estudantes á medida que crescia em maturidade política. Respectivamente, no 12o ano e 1o ano da Faculdade, pensava como da sala perdida num corredor do Liceu só saia algo vácuo: As acções e palavras repetiam-se, e nada tinha acontecido para além da organização de viagens de finalistas. Em termos de verdadeira influência na vida dos alunos, a acção era nula.

Pensava isto, e fiquei maravilhado com o poder que a associação de estudantes da Faculdade tinha. Pensei, agora sim. Influenciam decididamente o percurso de cada um. Pura ilusão, como o leitor deve estar a imaginar.

Cheguei ao terceiro estado, (e descontando a Jota da freguesia, na qual a esperança foi tão baixa que não pode chegar a existir). E é o estado de absoluta e trucidante amargura por ver que a vida política portuguesa permitiu esta situação. Como candidatos a primeiro-ministro personalidades perfeitamente vácuas no discurso. Como projecto e ideias para o país, o lamaçal de que Guterres se lamentava, após ter despejado toneladas de água em terra fértil...

Não. Não consigo raciocinar em condições perante os dados em jogo. Podemos argumentar ideias, confrontar opiniões, diputar a razão quando o jogo não é viciado.

Sinceramente, hoje lamenta-se quem tudo tem. É a triste realidade. Temos de tentar ser mais felizes e menos ricos, em Portugal...