Uma dúvida sobre pluralidade
Existe algum membro do Bloco de Esquerda que seja católico?
Surge-me esta dúvida para observar o seguinte: Em todos os partidos portugueses há contestação, oposição, debate de ideias. O B.E. é um Bloco, e não um partido, por isso não lhe exigo estes critérios internos.
Contudo:
- Existe alguém no Bloco que seja contra o aborto?
- Existe alguém no Bloco que não defenda a liberalização das drogas?
- Existe alguém no Bloco a favor da melhoria contínua das nossas Forças Armadas?
Nos partidos políticos (com maior ou menor repressão interna), vejo debate e fracturas, correntes, concessões, disciplina partidária, violação desta última.
O Bloco não é um partido. É um conglomerado de correntes, com uma espantosa unanimidade. Por isso não posso acreditar que desejem e aceitem a democracia.
Por isso levo tão a sério os disparates que dizem.
5 Comments:
São tão poucos que ainda não tem divergências internas. Quando forem muitos, as diferenças aparecerão.
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Jose Silva, at 11:55 da tarde
O Bloco tem uma das mais rígidas disciplinas partidárias. As linhas traçadas pelo núcleo duro aponta para:
1 - Apontar deficiencias e criticar os outros partidos.
2 - Escamotear qualquer tentativa de clarificação programática ou ideológica, do partido.
3 - Abrir as portas e aceitar a adesão de todos, independentemente das suas opiniões políticas. Só assim terão votos e representatividade.
4 - Depois... logo se verá.
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Carlos, at 6:05 da tarde
O Bloco não é um partido ou sequer um conglomerado. O bloco é apenas uma ideologia e um objectivo. Como tal, não tem esses "problemas" fracturantes, porque apenas o objectivo conta, independentemente do seu custo, forma de alcançar ou consequências.
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Anónimo, at 1:45 da tarde
Caro Daniel, as suas perplexidades estão um pouco condicionadas à partida!
Questões como a liberalização das drogas e do aborto são fracturantes e tranversais na nossa sociedade; é normal que em qualquer grupo social, político, religioso, haja posições distintas sobre estas matérias, como outras!
É por isso que os referendos, sendo um veículo importante, acabam sempre por serem redutores, pois têm em linha de conta a vontade da maioria, sem chegar ao fundo da questão, que é o indivíduo!Pc: O efeito do stress pós-traumático das férias vai passando... devagarinho! ;)
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ABA, at 6:28 da tarde
Caro Iluminado:
Precisamente por saber que esta é uma questão transversal e fracturante na sociedade é que me parece que o Bloco não é representativo da nossa sociedade. Em todos os quadrantes tenho visto em relação a este tema personalidades darem opiniões perfeitamente distintas (do PP ao PS). No PCP, embora em relação ao tema do aborto não veja dissonância, pelo menos existe dissonâncias fortes noutros planos políticos.
E no Bloco? Creio que urge hoje ser exigente no que diz respeito ao nível de democracia nos partidos, (ou conglomerados que aspirem a ser tal) para evitar que sejamos liderados por minorias, como acontece dissimuladamente (Os partidos assemelham-se cada vez mais a directórios...)
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dfrodrig, at 8:14 da manhã
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