A causa é constantemente modificada.
Depois há a questão das touradas. Sou contra as touradas e, para mim, as pessoas não deviam gostar de touradas, porque as touradas são más para os touros. O problema é que não consigo encontrar argumentos para proibir quem gosta de tourada de nutrir com o seu aplauso e dinheiro a tourada, nomeadamente quando observo que eu próprio não estou disposto a abdicar de um sem número de coisas de que hoje benefecio e que, objectivamente, provocam muito mais sofrimento aos animais. Há a questão do espectáculo, do prazer que as pessoas que gostam de tourada retiram por assistir a um percurso lento de dor de um animal até à sua morte. Admito que há aqui uma diferença, entre quem faz sofrer um animal porque se quer alimentar e aqueles que o fazem em nome de uma arte. Mas a questão talvez seja mais ou menos como a da bomba atómica: do ponto de vista do individuo japonês, morrer debaixo de uma explosão nuclear ou porque mil aviões depejaram 30 milhões de quilos de bombas incendiárias na minha cidade de madeira é absolutamente indiferente; a diferença só surge posteriormente, quando objectivos ideológicos impregnam a nossa maneira de olhar a morte e o sofrimento extremo. A vida de um touro de lide quando mal comparada com a de um porco de uma exploração dinamarquesa é o equivalente a mal comparar a vida de uma estrela rock que morre repentinamente aos 27 anos afogado num mar de conas com a de um miudo de 18 que morre no Afeganistão debaixo IED: ambos morrem cedo, mas enquanto um teve uma vida maravilhosa, o outro nem chegou a saber o que era viver.
Maradona
1 Comments:
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By Anónimo, at 12:56 da tarde
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