Fazer coisas diferentes
Por exemplo, ir ver um jogo de Hockey no gelo.
Na bancada a preco de estudante, ao lado da claque da equipa da casa. Que ganhou, brilhantemente, por 2-1.
Esquisito, é um desporto bem diferente, mas, de acordo com o Phillip, aqui na Europa, demasiado "gentleman". E eu concordei. Estava a precisar de ver violência!
Que querem? Há que libertar excessos de alguma forma. No Canadá, pelo que me dizem, a violência é só em campo. Se os adeptos estiverem a exceder-se nos insultos (isto é, ao segundo impropério, depois de aviso) são convidados a sair.
Depois de subir a montanha entendi também isso: Somos violentos, queiramos ou não. Preferia que muitos míudos em Portugal libertassem a energia com outros do tamanho deles em vez de andarem á porta das escolas a assaltar em grupo. Se não temos hockey em gelo, venham touradas, para podermos ser forcados. Se estava impressionado com o espectáculo sobre o gelo, não duvido que todos os que estavam dentro do campo ficassem igualmente estupefactos com a genuina arte tauromática portuguesa: enfrentar o touro de frente, olhos nos olhos, e pegá-lo em mão.
Os jogadores de hockey saem do campo por vezes com pernas partidas, não ficam a lamentar-se no gelo.
Os forcados não saem da arena nem que estejam com os pulmões perfurados: Levantam-se uma, duas, três vezes.
O orgulho humano é assim. O paralelo entre povos também. No Iraque, de que forma irão libertar esta violência?