O Cacique - lider tribal.

quarta-feira, junho 30, 2004

Esperança!


Finalmente, alguém mais se lembrou que o PSD tem outro vice-presidente!

Não digo mais palavras sobre Rui Rio. Ele já me provou o que tinha a provar enquanto presidente da Câmara do Porto. Uma gestão com erros, mas sempre firme. Um timoneiro, aquilo que nos falta... Será que ninguém dentro do PSD se lembra que o terramoto da queda de Guterres se deu não com a derrota de João Soares (quase previsível), mas com a surpresa protagonizada por este homem?

Será que interessa mais o país ou o partido?

Excelente


O comentário do Aviz.

Abrem-se horizontes, á espera do pôr do sol... O pescador lá continuará!


PS: Por falar nisso, os créditos da fotografia anterior são devidos a este excepcional amigo. Eu não sou grande fotógrafo...

Suspiro




Fez-se Luz!


De uma resposta a um comentário feito a este post do Jaquinzinhos, descobri finalmente uma forma simples mas que julgo eficaz de explicar qual é o problema do Estado-providência, e a diferença entre uma política socialmente justa e as políticas de esquerda.

Recordam-se os caros leitores de serem estudantes? Assumo que o são ou já o foram.

Ao longo de 18/25 anos da nossa vida, dependendo da opção profissional/académica, vivemos como "dependentes". Na generalidade, suportados pelos pais, que além de pagarem as contas de água, luz, electricidade, nos vestiram, alimentaram, e deram dinheiro para borga. Também pagam parte da educação.

Os pais podem assumir duas posturas: Dar o essencial, supra-citado, e educar para que sejamos poupados, responsáveis, pessoas formadas e conscientes, ou esbanjar connosco o seu dinheiro. Há pais que não importam até de se endividar para dar tudo aos filhos: Ele quer o carro, tem o carro, ele quer sair, tem o dinheiro para sair, ele quer, tem.

O pensamento anti-liberal face ao Estado é este: Eu quero, posso e tenho! Esquecem-se que podem porque os pais não sabem educar, esquecem-se que têm quando muitas vezes não há, e se compromete o "último reduto" no futuro.

Eu prefiro o pensamento liberal: O Estado cria as condições necessárias para que possa crescer, e ajudar-me nos momentos importantes. Eu prefiro que os meus pais, como felizmente fizeram, não me dêem tudo, e que poupem, para de futuro se me vir desesperado, me poderem ajudar. Que não estejam a procurar fundos onde eles não existam, que não me iludam.

Recordo aquela anedota: "Vive á custa dos teus pais até que possas viver á custa dos teus filhos."

A Esquerda-Barnabé continua a achar esta postura sustentável.
Eu digo que um dia, a casa vem abaixo.

No News III


Silêncio sepulcral.

Hoje joga Portugal. Só vi um jogo de futebol ao vivo, mas quando jogava ténis na Academia do Boavista, visitava frequentemente o interior do Estádio do Bessa. Os balneários ficavam por baixo das bancadas dos adeptos adversários, e bastava-me dirigir-me ao portão entre o campo de treinos, e lá estava:

Sozinho, diante de um gigante que não era usado para nada durante a semana, com um silêncio só cortado pelos apitos dos carros ao longe ou um berro dos jogadores das camadas jovens que treinavam ali ao lado. Aquele pequeno estádio impunha respeito (afinal tinha 14 anos e era magricelas, como ainda sou), e estes sons eram abafados pelas bancadas.

Os estádios, para mim, são belos assim: Sem ninguém, á espera daquele grande momento. Imagino o pessoal que trabalha neste momento no estádio de Alvalade, daqui a umas horas, a sentir uma aragem quente de fim de tarde.

O meu avô costumava dizer: "Não entendo porque existe tanto fanatismo em torno do futebol. O mundo podia viver 1 ano sem futebol, mas imaginem que não havia agricultores. Que se faria? Morriam todos à fome, e aí dava-se o valor real a cada coisa".

O meu avô era agricultor e foi operário fabril. Mas era mais inteligente do que muita gente que hoje tem tempo de antena e espaço nos media.

terça-feira, junho 29, 2004

Confiança


Quadras ao gosto popular, Fernando Pessoa...

Para a Joana:
Dá-me um sorriso a brincar
Dá-me uma palavra a rir,
Eu me tenho por feliz
Só de te ver e ouvir.


Para os Portugueses:
Cantigas de portugueses
São como barcos no mar -
Vão de uma alma para outra
Com riscos de naufragar.


Para Ferro Rodrigues
No baile em que dançam todos
Alguém fica sem dançar.
Melhor é não ir ao baile
Do que estar lá sem estar.


Para Pedro Santana Lopes
Não há verdade na vida
Que se não diga a mentir.
Há quem apresse a subida
Para descer a sorrir.


Para a Joana:
Meu coração a bater
Parece estar a lembrar
Que, se um dia te esquecer,
Será por ele parar.


Para Pacheco Pereira:
Rosmaninho que me deram,
Rosmaninho que darei,
Todo o mal que me fizeram
Será o bem que eu farei.


Para Marcelo Rebelo de Sousa:
Não sei em que coisa pensas
Quando coses sossegada
Talvez naquelas ofensas
Que fazes sem dizer nada.


Para Rui Rio:
Vale a pena ser discreto?
Não sei bem se vale a pena.
O melhor é estar quieto
E ter a cara serena.


Para Cavaco Silva:
Duas horas te esperei
Dois anos te esperaria.
Dize: devo esperar mais?
Ou não vens porque ainda é dia?


Para Manuela Ferreira Leite:
Saudades, só portugueses
Conseguem senti-las bem.
Porque têm essa palavra
Para dizer que as têm.



Para a Joana (espero que me ouças, onde quer que estejas):
Entreguei-te o coração,
E que tratos tu lhe deste!
É talvez por ‘star estragado
Que ainda não mo devolveste...



A todos quantos (espero eu) fazem um esforço no combate do caciquismo à esquerda e á direita, boa sorte, bom trabalho, ânimo!

A todos os outros, por favor, parem e pensem!

Desesperança


Vai-te na asa negra da desgraça.
pensamento de amor, sombra duma hora,
que abracei com delírio, vai-te embora,
como nuvem que o vento impele ... e passa.

Que arrojemos de nós quem mais se abraça,
com mais ânsia, à nossa alma! E quem devora
desta alma o sangue, com que mais vigora,
como amigo comunge à mesma taça!

Que seja sonho apenas a esperança,
enquanto a dor eternamente assiste,
e só engane a desventura!

Se em silêncio sofrer vingança!...
Envolver-te em ti mesma, ó alma triste,
talvez sem esperança haja ventura!

Antero de Quental



Eu disse na minha apresentação que oscilo muito depressa... Neste caso, entre esperança e desesperança. Onde está a coragem? Ferro Rodrigues já pediu antecipadas. Santana deve, nos bastidores estar a formar governo. Onde está D. Sebastião? Rápido, que o tempo urge...

Mensagem de Esperança II


Acredito que Marcelo Rebelo de Sousa vai proceder de forma coerente:

A maior virtude que um bom político deve ter é o carácter. É o fundamental. Mais que coragem, mais que tudo o resto deve ter carácter.


É hora. De coragem.

Mensagem de Esperança I


Acredito que Rui Rio vai proceder de forma coerente:

Nesta época mediática, em que a superficialidade e o efémero querem tomar conta de nós, compete-nos enobrecer a política fazendo dela um permanente exercício de seriedade, de pedagogia e, acima de tudo, de coerência com a nossa história e com aquilo que queremos e sentimos.

(Mensagem do presidente da Câmara Municipal do Porto)


É hora. De sentir e querer.

Sem mais palavras


Vítor Cunha irrita-me.

Onde é que PPM o terá desencantado? Não saberá que com jogadores de qualidade duvidosa a equipa é destruída rapidamente?

A questão não são as opiniões, que por mim, pode expressar livremente. A questão é fazê-lo de forma caciqueira, rasca e ameaçadora ("... esperem para ver. Esperem para ver."). Subitamente, lembrou-me alguns personagens da selecção de textos do "jaquinzinhos" sobre o 25 de Abril.

Vítor Cunha é alguém que criticou Pacheco Pereira por não valer votos, e que professa a morte política de Marcelo, sugerindo-lhe o silêncio para uma putativa candidatura a Belém. Quem é Vítor Cunha? Quantos votos vale? Que contribuição de relevo deu para a vida política nacional?

A luta, neste momento, desconfio que é entre líderes e caciqueiros. Eu estou com Pacheco Pereira, Manuela Ferreira Leite, Miguel Veiga e todos quantos estão dispostos a finalmente separar o trigo do joio. O caroço da laranja. O fruto da árvore. Atenção, tudo é necessário. Mas o objectivo final é ter pão, sumo, comida. Uma estrutura partidária deve ser responsável e distinguir o essencial do acessório. Os bons dos maus. As competências de cada um.

Outros imbecis são os tais que dizem que Santana Lopes é o sucessor natural de Durão Barroso, Cavaco Silva, Pinto Balsemão, Sá Carneiro. E mais palavras não digo.

Estou farto de falar para ninguém!

Opções


Rádio Renascença:

15 minutos, apressados, de política, no momento mais conturbado no país desde talvez 85/87.

20 minutos de futebol, com calma, sem interrupções como as feitas a João Soares, Carlos Encarnação. Ouvindo coisas tão importantes para o país como as declarações de Figo. De repente: "Vamos depressa até ao..." E eu a pensar: Santana Lopes vai fazer uma declaração. Há movimentos dos cavaquistas. O bloco decidiu fazer uma declaração.

Não. "Vamos depressa até ao Tribunal Civil do Porto, onde Pinto da Costa e (...) acordo amigável (...) José Veiga." Não percebo. Estes senhores são também candidatos? Isto, que eu saiba, já não é Euro 2004. Já não é selecção. Que interessa, neste momento, o que PC ou JV fazem no tribunal?


Gostei de ver Portugal ganhar, festejei efusivamente. É preciso futebol para além do que é praticado no campo?

E agora?


Será que lhe devo ligar? Mandar um sms? Escrever uma carta?

Tinha sido mais simples beijá-la quando olhavamos o Tejo, sentados em Belém. Pelo menos guardaria agora "Memórias de um Beijo", ou a suavidade da mão dela na minha face.

Teria certezas, mas também não teria esperança.


A esperança é sempre a última coisa a morrer.

Suspense


O momento aproxima-se.

Dentro de 30 minutos, chegarão reacções, opiniões, ameaças, alinhamentos.

Alguém se vai importar com o país?

Com certeza que sim. Ferro Rodrigues com os boys, Carvalhas com os companheiros, Louça com os Gays, Paulo Portas com os lacaios, Santana Lopes consigo mesmo.

Mas estou apostado em ver a reacção daqueles que sabemos capazes. Os que se fartaram da política. Os que não têm o reconhecimento, apesar de tudo quanto deram. Os que têm bom senso, realismo, em suma, que têm capacidade de desprendimento para darem uma contribuição genuína.

Esta frase é dramática, mas o dom da oratória, as técnicas de marketing que ele legou juntamente com um rasto de dor, destruição e estupidez humana não são de todo descabidas. E esta frase, dita por alguém que não podemos catalogar de imbecil, que foi ele próprio o demónio, O assassino, O criminoso, a encarnação do Mal é genial:

Não são os neutrais ou os indiferentes que fazem a história.


Espero que eles me ouçam, agora, na hora de lutar pela dignidade do país!

Reboliço VII


Um colega diz-me: Fala-se no António Borges para substituir a Manuela Ferreira Leite.

O impasse mata-me! A ausência de notícias mata-me!

Isto é pior que o Portugal-Inglaterra... Esclareçam-me: António Borges entra e Ferreira Leite sobe a Primeira Ministra? António Borges vai ser o trunfo de Santana Lopes? Durão Barroso vai afinal ficar e trazer o economista para o ministério da Economia?

Que esquemas maquiavélicos estão a ser cozinhados em Portugal? O que se passa nos corredores, qual o papel dos telemóveis nesta crise? Serei só eu a sentir que isto precisa de ser resolvido, agarrado, aproveitado?

D. Sebastião, D. Sebastião... Pacheco, Abrupto, que janelas se abriram?

Estou impaciente!

Estranho


Tenho a sensação, por causa deste e deste que qualquer coisa estranha se passa...

Ao contrário do que seria de supor, ninguém fala, as notícias não saem em catadupa. Há uma névoa estranha ao redor de todo este processo. Este outro senhor ajudou a aumentar a intriga.



Muito honestamente: Acho que D. Sebastião está prestes a regressar.



PS: Entretanto, o Jaquinzinhos desceu finalmente á praça com uma opinião. Concisa, simples, óbvia, certeira. Tenho de repensar a existência deste blog.

Os homens bons, excepcionais, já não estão disponíveis?


No News II


Nada muda da noite para o dia.

O mesmo silêncio...

No entanto JPP acordou cedo. Isso dá-me confiança.

Aqui deixo um modesto early morning blog, para incentivar:

"Universalidade

Aqui declaro que não tem fronteiras.
Filho da sua pátria e do seu povo,
A mensagem que traz é um grito novo,
Um metro de medir coisas inteiras.

Redonda e quente como um grande abraço
De pólo a pólo, a sua humanidade,
Tendo raízes e localidade,
É um sonho aberto que fugiu do laço:

Vento da primavera que semeia
Nas montanhas, nos campos e na areia
A mesma lúdica semente,

Se parasse de medo no caminho,
Também parava a vela do moinho
Que mói depois o pão de toda a gente.
"

Miguel Torga


segunda-feira, junho 28, 2004

Stand Up


Evito ler o bloguítica por uma mera razão pessoal.

Mas hoje gostei de o ver.

Por favor, Caciques do PSD, levantem-se!!!

Apetece-me dizer: Ergam-se CARAGO! Já disse...

A minha esperança é que estejam todos á espera do jornal das 20h para depois reagir. A oportunidade de ouro que surgiu não pode ser desperdiçada. Zapatero em Espanha, Portugal com possibilidades elevadas de ganhar o Euro 2004, Durão Barroso como Presidente da Comissão Europeia, o PP fragilizado pelas críticas tecidas ás eleições Europeias...

Seria agora, e não depois ou amanhã que um governo forte para começar e terminar reformas podia surgir.

Repito-o, e continuarei a dizê-lo: felicidades na sua luta, Dr. Pacheco Pereira.

No news


Nos últimos seis meses tive de me habituar á ausência de notícias. Recebi novidades sempre escassas, sempre indirectamente, ou com surpresa.

Ontem ia ligar-lhe, deu o primeiro sinal, não tive coragem. O que é que lhe ia dizer? "Olá, tinha saudades da tua voz."? "Como estás, não tens dito nada!"? "Estive á espera da tua carta..."?

A ausência de notícias confunde-me. O impasse de não saber, na certeza de que em breve algo vai acontecer. Habituei-me demasiado á sociedade de tempo real. Deixei de saber esperar.

É a ansiedade que me vai devorar... Tudo aquilo que fica num impasse, que não está resolvido, que fica adiado. Que tenho preguiça em resolver. Cada vez mais acho que sou fraco.

Daí, que direito tenho de criticar esta ou aquela opção? De querer que os outros assumam esta ou aquela responsabilidade? Porque é que eu conto para dizer que o país fica mal servido com Santana, Ferro ou outro qualquer?

Afinal de contas, eu desliguei o telefone antes de ela atender...

Reboliço VI


Está-me a custar a postura de um dos membros de um blog que respeito.

Contudo Vítor Cunha numa coisa tem razão: Depois da moção de censura, o governo de AD caiu, e durante 10 anos tivemos um governo em condições.

Felizmente, sem a direita conservadora.

E se?


Durão Barroso não aceitar o convite para presidente da Comissão Europeia?

Seria um líder reforçado, ou a oposição iria massacrá-lo por não ter aproveitado uma oportunidade de ouro para Portugal?

De qualquer modo, o PS só espera para conseguir espaço para os seus lacaios. Com sorte, o BE ou o PCP lá terão também alguns.

Estou tentado a dizer : "Pobre País!".

Sá Carneiro


Apeteceu-me lembrar alguém que morreu no ano em que nasci, numa breve homenagem a Pacheco Pereira:

"A pessoa humana define-se pela liberdade. Ser homem é ser livre. Coarctar a liberdade é despersonalizar; suprimi-la desumanizar. A liberdade de pensar é a liberdade de ser, pois implica a liberdade de exprimir o pensamento e a de realizar na acção.

Estamos assim postos ante a liberdade política e a liberdade religiosa.

E, através delas, tocamos vários dos direitos e liberdades fundamentais. A acção política, como a religiosa, não é apenas a do indivíduo isolado, nem pode ter como único destinatário esse mesmo indivíduo. Além da liberdade de expressão, a liberdade de pensamento implica o exercício dos direitos de livre reunião e associação.

Não há liberdade de pensamento político se não é possível a cada um exprimir as suas ideias, confrontá-las com as dos demais, associar-se com as que as professam idênticas e procurar realizá-las na prática da acção governativa."


"Há que redobrar o trabalho militante e que fazer chegar aos políticos e aos militares, aos trabalhadores e aos jovens, em suma à grande maioria dos portugueses um fundo apelo para que não precipitem o País na escalada de intransigência,da violência e do ódio, que nos cortarão tragicamente o caminho para a liberdade, igualdade, progresso e Justiça.

É tremendo o esforço necessário para fazer sair o País do estado económico e social em que se encontra.

Só num clima de paz e entendimento será possível tentar realizá-lo, em ordem a aumentar a produção da riqueza, a repartir o rendimento com justiça e a resolver os inúmeros problemas que nos afligem, desde o sanitário ao estudantil, desde o agrícola ao habitacional.
Não pode mais continuar a viver-se em clima de guerra civil, não pode mais tolerar-se a escalada da linguagem revolucionária que adopta tons cada vez mais triunfalistas.

Há que saber resistir a toda esta guerra psicológica que arrasa e paralisa as pessoas. Não deixaremos que seja quem for nos amedronte."


"Aqui continuamos firmes, disciplinados e em massa para dizer que queremos do governo e das autoridades militares ordem e disciplina, paz social que possibilite um ambiente de trabalho, que afinal essas minorias não querem trabalhar. Trabalhar não é com eles!"



Boa sorte, e coragem, para que todos façam ouvir a sua voz. Chega de Caciqueiros, apareçam os líderes!


PS: Espero que a bomba-inteligente não me condene por estas citações. Simplesmente, não me parece que exista melhor altura para reproduzir letras que se juntam para formar palavras, que se juntam para formar frases, que se juntam para produzir textos. Estes textos juntos geram Democracia.

Reboliço V


Não conheço a nova aquisição do Acidental.

Não sei que autoridade tem para falar dos votos que Pacheco Pereira vale ou não. Apenas direi que Pacheco Pereira foi cabeça de lista ao Parlamento Europeu nos últimos 4 anos. Apenas direi que é triste que a vida política portuguesa continue a ser orientada mais pelos votos que cada um vale do que pelas ideias e convicções.

Assim não! Manuel Seabra e Narciso Miranda valem muitos votos... Assim não, Acidental, isso é ser caciqueiro!!!

Reboliço IV


Não o sabia, mas Pacheco Pereira fez o favor de nos lembrar as palavras de Sá Carneiro:

"O país é mais importante que o partido."

A história é feita de mitos, e o PSD em particular. Sá Carneiro, a viagem de Cavaco Silva até á Figueira da Foz. Gosto do PSD por causa disso. Faz-me acreditar que todos têm oportunidade, que o excepcional é possível, que quando tudo parece acabado, qual fénix de cor viva, se ressuscita.

Gosto do PSD porque dentro dele há oposição nos momentos em que ela é precisa. Fraticida, se necessário. Um partido da côr do fogo, já repararam?

Estou á espera que surga um Cacique. Um líder!

[actualização]Marcelo Rebelo de Sousa acaba de dizer isto à TSF.[/actualização]

Reboliço III


Romano Prodi foi o grande adversário de Berlusconi durante anos.

Não quero que em Portugal o adversário de Durão Barroso seja o equivalente (de esquerda) a Berlusconi.

Gosto de extremos, mas não de extremistas... Santana, Portas, Ferro, Louça, por favor longe!!!

Uma pequena correcção aos posts anteriores: Sara Muller já sugeriu a hipótese Cavaco.


PS: Era lindo se uma vaga de fundo, de todos os abstencionistas, pusessem a Manuela Ferreira Leite como Primeira-Ministra. Aí, eu diria que, afinal, os abstencionistas são responsáveis!!! Quando falo de abstencionistas, refiro-me naturalmente a todos os que ainda não comentaram. Os tais que Pacheco Pereira queria ouvir...

Reboliço II


Como as duas soluções actuais são pior do que muito más, interessa discutir alternativas, rapidamente, para que elas possam crescer antes de quarta-feira. Espero que o tempo real da internet sirva para uma "vaga de fundo" decisiva.

I - Durão Barroso já não tem alternativa: Deverá assumir o posto de Presidente da Comissão Europeia, e sinceramente, isso terá inevitavelmente repercussões bastante positivas para Portugal.

II - Os líderes alternativos:

.a - Cavaco Silva será improvável: infelizmente, é como D. Sebastião, e ficaria a prazo num projecto que tem de se prolongar para lá de 2006. Contudo, seria alguém com a força suficiente para terminar as reformas, e mesmo dar-lhes o impulso que nunca tiveram. Manuela Ferreira Leite teria espaço para continuar, e indubitavelmente, Paulo Portas teria de se sujeitar (finalmente!) a ser governado.

.b - Manuela Ferreira Leite ela é o rosto da verdadeira política deste governo. É essencial que ela permaneça. Com uma "dama de ferro" á frente do governo, com Miguel Cadilhe como Ministro das Finanças, teríamos uma Dream Team de choque.

.c - Rui Rio. Ninguém fala dele, ainda não ouvi as opiniões sobre o homem com quem me cruzei em plena campanha eleitoral, nos aliados. Impressionou-me o sorriso largo, a postura despreocupada mas decidida, a forma como liderava as 30 pessoas que o acompanhavam, o gesto para me dar propaganda, atravessando a rua para me encontrar. Não voltei a vê-lo senão através dos media. Habitualmente, assumindo posições fortes, decididas. Corajosas. Algo que é necessário em Portugal neste momento. Rui Rio é alguém que se manteve firme face a Pinto da Costa, é alguém que, apesar da coligação com a CDU exigiu ficar com o pelouro da Habitação, pretendido por Rui Sá. Alguém que não nasceu em berço de ouro, que trilhou o seu percurso, tal como Cavaco Silva. Genuinamente, um homem com as melhores características do Norte, mas não proviciano (ao contrário de mim).

Porque razão ninguém fala de outras hipóteses? Porque razão a esquerda não há-de apoiar uma destas soluções, que lhe garantem dentro de dois anos uma vitória esmagadora, mas que permitiriam pelo menos uma estrutura sólida para resistir ao esbanjamento de quatro ou oito anos de governação "social".

Estou longe, não sei quem me lê. Mas saberia, se a minha voz pudesse ser ouvida aquilo de que Portugal precisa.

Reboliço


Para começar, não sei se reboliço se escreve desta forma. Agradeço que me corrigam, se estiver errado.

Sempre gostei de Santana Lopes, da sua frontalidade, da sua coragem, do seu estilo de "enfant terrible". Nunca pensei que ele pudesse candidatar-se a Presidente da República ou Primeiro Ministro.

No meio de tanta agitação, ainda não ouvi o que outros, que estão longe da capital pensam. Estou acossado de um provincianismo extremo desde Sábado, quando fui celebrar o S. João a Gross-Umstadt e travei uma discussão quase violenta com um residente em Lisboa que conhecia do Porto a Boavista e a Foz. Não ouvi ainda o que diz Rui Rio. E quero e vou falar de Rui Rio no próximo post.

De uma agitação como a que se está a passar pode sair o muito bom ou o muito mau. Esta agitação é contrária ao pântano em que estávamos novamente a mergulhar. Por algum motivo um rio ou o mar é sempre muito mais limpo e saudável que um lago, tem uma sensação de frescura incomensuravelmente maior. A agitação, ao contrário do que o meu espírito conservador poderia fazer crer, é por estas bandas considerada positiva.

O problema é: desta agitação vemos chegar ou Santana Lopes ou Ferro Rodrigues (possivelmente aliado a Francisco Louça). Qual a solução?

Mau Timing


Começo a aperceber-me que tenho um péssimo timing.

Quando estou com uma mulher, tento beijar quando devia falar, falar quando devia abraçar, continuo a abraçar quando devia beijar.

Quando me decido a escrever no blog, toda a gente está interessada nas opiniões de quem tem crédito firmado.

Devo queixar-me dos outros, ou de mim? Dela, que não me sabe dizer de forma ciêntifica, matemática, o que quer, ou de mim, que não consigo compreender, extrapolar, derivar, integrar?

domingo, junho 27, 2004

Política I


Para suceder a Durão Barroso, existem para mim dois homens competentes em Portugal:

Rui Rio

Cavaco Silva

E mais não digo, continuo a recuperar da ressaca.

Ressaca


Ontem fui ao S. João de Gross-Umstadt, vila alemã com 60% de Portugueses.

Sardinhas, SuperBock.

Posteriormente, festa Brasileira em Darmstadt. Loucura total. Uma das músicas mais sentidas da noite foi: "Com uma força, com uma força, com uma força que ninguém pode parar!".

Portugal está pelos vistos com uma força que ninguém pode parar: Presidente da Comissão Europeia?

Afinal, Barnabé, e Causa Nossa, a fotografia não estragou nada!!!

Estou de ressaca. Por esse motivo dispenso comentários. Neste momento as únicas laranjas que me preocupam são as Holandesas.

sexta-feira, junho 25, 2004

Dúvidas pertinentes


Fim de semana significa o fim de uma semana.

A dúvida prende-se com ser o fim de uma semana de trabalho ou não.

Estrelinha


Os jogos ganham-se também pela sorte. Por cá, nos jogos contra Espanha e Inglaterra, jantamos sempre em casa do Nuno, ouvimos "Contentores", temos presente na comezaina um representante da equipa que vai ser derrotada, jogamos sueca antes de sair para a Central Stazione, cantamos o hino na SoderStrasse.

Ontem, a certa altura, o Nuno levanta-se, e diz que vai "dar uma mija". Sinceramente, durante um jogo de futebol, quem se importa com o calão? 1 minuto depois, Postiga marca.

Marcação dos penaltis. O Nuno vai novamente á casa de banho, sem dizer nada. Portiga marca, Ricardo defende, Ricardo marca.

Também o PM tem uma gravata que dá sorte.

Para mim, a verdade é esta, mas também que a selecção correu mais, lutou mais, fintou mais, defendeu melhor, passou com acerto, enfim, trabalhou para ganhar.

É bom criar o vício da vitória.

Futebol II


Pequenos Apontamentos

Confiança. Euforia desmedida. Receio. Euforia explosiva. Nervos.

Final do jogo:

- A great match, anyway... Unfortunatelly, only one could go trough.
- Oh, I'm Scotish, I don't care!

(Em background noutro grupo, o Eggie dizia: "Bloddy portuguese. Stop hacking on our way!")

quinta-feira, junho 24, 2004

Indecisões


Depois de começar com este blog para me descobrir, acho ele se tornou excessivamente político.

As minhas mudanças de humor e atitude não são diárias, mas horárias.

Tiro Queen, volto a outro tipo de música. Paisagens Hollywoodescas chama-se a colecção. Regresso ao amor.

"Love Story", Shirley Bassey

PS: E Força Portugal. Nós, por cá, vamos fazer tudo como no Domingo.

Vozes de burro não chegam ao céu


Felizmente, o Acidental tens os pés bem assentes no chão.

Do Barnabé é que dificilmente vou ter alguma atenção... Mas a persistência é uma das virtudes que o senhor que gostava muito de whisky apregoava, por isso não vou desistir!

Incompetência


O barnabé está preocupado pela incompetência de quem realizou o exame nacional de história.

Eu partilho dessa preocupação, mas pergunto-me: Se não avisassem os alunos, a maioria apercebia-se do erro?

Infelizmente, não me parece. Infelizmente, eu também não sabia que a 1 de Janeiro de 1977 o presidente era Ramalho Eanes. O Daniel Oliveira, pelos vistos sabia! Mas o que surpreende é que ainda não houve pedido por parte da oposição para a demissão do ministro da Educação!

O Barnabé, o Bloco, e os restantes grupos menos dinâmicos que advogam a ideologia da esquerda (PCP e PS) estão a perder eficácia, eficiência e oportunidades para se cobrirem de ridículo, como é hábito.

24 horas


Resumo das minhas primeiras 24 horas +/- 1 ano na blogosfera:

- 1 comentário;
- Convites ao Jaquinzinhos, Blasfémias, Silvia Sem Filtro, Barnabe, Maria Manuel Leitão Marques, Paulo Pinto Mascarenhas;
- 2 posts políticos;
- 1 post sobre futebol;
- 1 post sobre amor;
- 2 posts sobre o presente (viagens na Europa);
- 1 post sobre o passado (S. joão);
- 3 posts de apresentação;
- 843 reloads, á espera de mais comentários;

Será que ando para aqui a perder tempo? O que vale é que é S. João no Porto, e a selecção joga hoje... os outros têm mais com que se entreter do que com textos rídiculos. Frases ridículas. Palavras ridículas.

Com este rídiculo: eu!

O mentor de Bin Laden


"Demoralize the enemy from within by surprise, terror, sabotage, assassination. This is the war of the future."

- Adolf Hitler

Em pratos limpos


Lord Winston Churchill


Este blog admira muito Winston Churchill. Direi mesmo, é um indefectível adepto do mais sobrevalorizado político da Europa.


  • I like pigs. Dogs look up to us. Cats look down on us. Pigs treat us as equals.

  • Socialism is like a dream. Sooner or later you wake up to reality.


  • The Americans will always do the right thing... After they've exhausted all the alternatives.

  • You ask, what is our aim? I can answer in one word. It is victory. Victory at all costs. Victory in spite of all terrors. Victory, however long and hard the road may be, for without victory there is no survival.

  • Some people regard private enterprise as a predatory tiger to be shot. Others look on it as a cow they can milk. Not enough people see it as a healthy horse, pulling a sturdy wagon.

  • We have a very daring and skillful opponent against us, and, may I say across the havoc of war, a great general. (Churchill sobre Rommel)

  • A fanatic is one who can't change his mind and won't change the subject.



  • Felizmente, somos aliados há muito tempo, e já aprendemos isto tudo. Tenho pena que a final não seja Portugal-Inglaterra. De qualquer modo, Blair não é Churchill e Rooney não é Montgomery...

    Futebol I


    Os outros comentam o facto de os adeptos ingleses estarem hoje em superioridade numérica no estádio da Luz.

    Eu só me pergunto: nao os calamos já uma vez? Eindhoven, 2000?

    Viagens na minha Europa II


    Porque é tão difícil ter autocarros e comboios a cumprirem horários nos países latinos? Porque razão os tempos de chegada ao emprego, a casa, nas saídas, são sempre probabilísticos?

    Por outro lado, é bom conseguir estender até ao limite o horário de abertura das lojas: "Vá lá, só falto eu, dê-me mais uns minutinhos".

    Se pensar bem, talvez o problema seja por eu não saber dizer esta expressão na língua germânica.

    Viagens na minha Europa I


    Esta é uma nova geração na Alemanha. Finalmente pude perguntar a um alemão: "E o que fez o teu avô?". Ele respondeu, sem complexos, mas com seriedade.

    A guerra é um assunto muito sério por aqui. A questão principal, de que ontem finalmente me apercebi é: Como foi possível acontecer isto num país civilizado? No país de Bach, Kant, colado á Salzburg de Mozart?

    Chegamos pelo menos a uma conclusão: No final, em vez de Versalhes dos franceses, da I, tivemos o plano Marshall dos americanos, na II. Nenhum país gosta da humilhação.

    Eu não sabia: Quando os alemães invadiram Creta, os habitantes olhavam para o céu e diziam que aqueles soldados não podiam vir da antiga Prússia. Era impossível que um povo culto, inteligente, respeitador, pudesse estar a agir daquele modo. Eles aterraram e dispararam.

    "No problem. You can ask me." Falou por meia-hora, sem que eu o interrompesse. Um avô era chauffer. O outro esteve num corpo de polícia na Holanda.

    "we will never find the pieces to put them back together...."
    :: Air, Suicide Underground

    Darmstadt, 22 de Junho 2004

    Jazz


    Comecei a ouvir Jazz apenas há alguns meses.

    Um grande amigo, durante anos, fazia-me ouvir, eu sempre neguei os sons metálicos, duros que me eram apresentados. É difícil, para alguém habituado ao som dos campos, aos sons melódicos e harmónicos de viola e piano, sujeitar o ouvido a algo com um impacto tão forte...

    Depois, um dia, ela veio ao Porto. Tinha preparado uma selecção das melhores músicas, numa cassete. Quando liguei o rádio, a besta da fita estava no sítio errado. Enquanto bobinava e desbobinava, dava rádio. Antena II, sessões da meia-noite. Jazz. Começamos a falar sobre o estilo de música, ali, numa rua da Foz, de onde não se via o mar. Depois de apanharmos chuva ao vir da Praia dos Ingleses. Ela diz-me que bastava deixar o corpo seguir a música.

    Ela podia dizer fosse o que fosse. Teria sempre razão.

    Escrever sem parar


    Talvez seja assim quando se lança um blog, oficialmente. Seguindo o protocolo inventado. Não conseguimos parar de escrever.

    Afinal, se Almeida Garrett escreveu "Viagens na minha terra", o que é que me impede de escrever "Viagens na minha Europa"?

    S. João


    Aula de alemão. Trocas constantes de palavras em Espanhol, Italiano, Francês, Inglês, Português.

    E em catalão. No final, apercebemo-nos. Enquanto uns festejam o solcístio de Verão como nórdicos, em Portugal, na Catalunha, em Tenerife, festeja-se o S. João. Festa rija, com raízes pagãs. Em todo o lado, a noite termina com o ínicio do dia seguinte, numa qualquer praia.

    A minha emancipação começou com as festas de S. João do Porto. Primeiro, com tios mais afoitos, depois indo para a noite com amigos da família, finalmente, compartilhando da festa com os meus amigos. Bailaricos, passeatas, fogo visto na Serra do Pilar, no Jardim do Morro, atravessar a ponte D. Luís com a multidão. Sardinhas, Bifanas e até cerveja.

    A primeira vez que andei de mão dada com uma rapariga, foi num destes dias. Escrevi-lhe duas vezes, recebi duas respostas. E acabou. Vi-a, ou creio que a vi, no Bom Sucesso, quando fui ao cinema, agarrada a outro. Era dois anos mais velha, e acho que ainda não recuperei dessa situação. Custa-me sempre recuperar das paixões, recordo-me dos pormenores de todas.

    Na Catalunha também se salta a fogueira, incontáveis vezes. Contudo, as labaredas não são mais altas que nós. São fogueiras pequeninas, não permitem cabelos chamuscados.

    É o 2o ano que não tenho S. João. Vai-se perdendo. Lembro-me do Ricardo a dormir com um amigo á porta da minha casa, quando ainda era muito míudo. Tenho fotografias de um S. João memorável, o melhor, o terceiro, do qual ainda tenho fotografias da manhã do dia seguinte. Com o Einstein, o João, a Ana, o Pedro. Quando ainda acreditava que as amizades são eternas. Talvez sejam.

    Mas o S. João é folgazão, e efémero. Namorisca as meninas e depois sume-se na noite. Oferece a cabeça ao martelo, dá o alho a cheirar, e desaparece. Cruza-se com toda a gente, e depois esquece-as, mesmo que a noite perdure na memória. E não é assim o amor?

    quarta-feira, junho 23, 2004

    E pronto.


    Vou trabalhar!

    PS: Sou do Sporting, da Selecção e tenho pena de não ir comer sardinhas a Miramar! E ver o fogo de artifício.

    Apresentação II


    Nasci no Porto, cresci em Gaia, Moreira(Melres), e Castelo Branco(Mogadouro), com passagens por Amarante e Ovar, estudei no Porto, namorei em Coimbra, viajei como escuteiro e os meus pais por todo o país, a pé, de carro, de comboio.

    Também vi países estrangeiros. Só Europeus. E fiquei apaixonado por Salzburgo.

    Sou estranho. De mim, já pensaram que me tinha tentado suicidar. Sou conservador, ás vezes sem saber bem porquê. Católico, e por isso amo a liberdade. Sou nostálgico, e gosto de fronteiras: do espaço, do horizonte, de geografia, do Douro Internacional. Gosto do fim da tarde e do amanhecer. Gosto do vento transmontano, seco e duro, e arrepio-me com as brisas do mar.

    Gosto de ínicios e de fins, de extremos. Mas não sou extremista... é só porque a vida não tem sabor quando estamos a meio de alguma coisa. Os outros chamam-me de idealista e sonhador, quando me conhecem no ínicio, preguiçoso quando se cruzam comigo no meio, e respeitam-me quando se aproxima o fim.

    As mulheres são para mim complexas. Mas cada vez me parece mais que eu é as faço assim. Tenho fantasias e sonhos eróticos com todas as minhas amigas e estrelas de cinema, mas sou incapaz de dar um passo concreto para satisfazer estes devaneios.

    Tenho 23 anos e estou na Alemanha. Antes de vir, ao falar com um tio, percebi que, tal como ele, não pertenço a lado algum...

    Apresentação I


    As pessoas são assim. Eu, mais do que todos. Feito de impulsos, vontades, desejos incontroláveis.

    Se me drogasse, seria dos tais que não resistiriam a prolongar a sua dependência, a procurar novas experiências, até que ficasse cansado ou morresse do vício. Sou assim. O que vale é que sou conservador, e nunca fumei cigarros sequer. Nem bebo café. E prefiro vinho e cerveja a bebidas brancas.

    Por isso comecei este projecto inacabado e agora o recomeço.

    Alguns queixam-se de que os blogs de direita estão todos a desaparecer. Eu acabo de ressuscitar. E quero ser cacique. Não posso esconder os meus anseios. O certo é que sou também irregular, e preciso frequentemente de me reencontrar. O que hoje é, amanhã não será.

    Cacique deixou de ser um projecto político para passar a ser o blog onde me misturo com a multidão. Tenho o meu outro blog, intimamente pessoal, onde não há links para este. Quem tiver de me conhecer, pode conhecer-me lá. Aqui é onde sou errante, onde estão os meus impulsos. Aqui como lá.