O Cacique - lider tribal.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Acertaram.


Portuguese Perfection, Perfect Portugal

sexta-feira, janeiro 21, 2011

REFER e o seu Grupo


" O Grupo REFER é constituído por um conjunto de empresas que,
actuando numa lógica de complementaridade, contribuem articuladamente
para a modernização e desenvolvimento do caminho-de-ferro.
REFER · Gestão da infra-estrutura ferroviária
RAVE · Rede de Alta Velocidade
REFER TELECOM · Telecomunicações
INVESFER · Valorização de património
FERBRITAS · Estudos, projectos e exploração de pedreiras
CPCOM · Exploração de espaços comerciais
GARE INTERMODAL DE LISBOA
FERNAVE · Formação e consultoria
METRO MONDEGO

Deixem-me perceber... Parte das competências da REFER passam por estudos, projectos e exploração de pedreiras? Explorar espaços comerciais? Realizar consultoria?

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Sócrates está convencido


Que é um Priscillianista.

A cantar (para mim) desde 2002


Sócrates deverá anunciar défice claramente inferior a 7,3%
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=462281

Dívida Pública de 2010 derrapa em quatro mil milhões no final do ano
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=463757


Não estão relacionadas? Mas claro que não estão relacionadas...

terça-feira, janeiro 18, 2011

A ferrovia, Portugal e a ruralidade


Pelo facto de ter sido aumentada a visibilidade deste blog, graças ao segundo blog preferido aqui no burgo, atrás do portugal contemporaneo, achei por bem colocar aqui algumas notas adicionais.

Recordando, e porque não leio o jugular, e me basta a causa foi modificada para ficar a saber tudo o que há ao redor no planeta portugal, Maradona (vénia), fez um comentário breve, sucinto, contendo uma fúria irrepreensível, ao post "Fanáticos da ruralidade" de JPC.

Estando o caro leitor, pode agora escrutinar as respostas e contra-respostas filosóficas com que nos fomos degladiando. E porque não tenho muito tempo para fios intermináveis de discussão (com grande pesar meu), quero aqui sumarizar a minha visão geral respeitante ao problema "ferrovia" em Portugal, bem como dar umas achegas sobre a "ruralidade" do dito País. E vou tentar manter-me o mais sumário possível e deixo os argumentos para uma outra ocasião.

Ponto 1. A gestão política da ferrovia em Portugal foi, desde o 25 de Abril, criminosa. E nunca devidamente julgada. Digo criminosa, porque houve vítimas a lamentar como resultado directo dessa gestão.

Ponto 2. Uma situação nunca é. O estado actual, considerando qualquer lei decente (as físicas e as religiosas, que as civis passam, em geral, uma esponja sobre os antecedentes), é resultado de uma evolução prévia. Por exemplo, o facto de existirem hoje 7 biliões de seres humanos no planeta, é resultado de muito amor e/ou actividade sexual, misturada com umas quantas guerras e catástrofes, com pós de investimento financeiro na natalidade (por exemplo, na Alemanha e em França) e "desinvestimento" superlativo (por exemplo, na China).

Ponto 3. Também o estado da rede ferroviária no país, é o resultado de muitas alíneas, que gostava de passar a destacar
a) a vontade de algum poder político no tempo da monarquia, para ter um meio de transporte mais eficiente e veloz no reino
b) a expansão ditada pelos interesse sócio-económicos, que dotou Portugal de uma rede intricada, mas incompleta*.
c) a opção técnica pela bitola ibérica na generalidade das vias, e métrica em diversos ramais que teve como consequência
i) material circulante redundante, multiplicação dos custos de manutenção.
ii) impossibilidade de ligação ao resto da Europa.
iii) aumento de transbordos (inicialmente não seria vísivel este impacto)
d) a localização das estações, geralmente afastadas dos centros urbanos
e) eliminação de troços antigos/em desuso
f) oferta de serviços limitada
g) procura de serviços limitada
h) o investimento preferencial em estradas e auto-estradas, e lentidão de projectos de modernização ferroviária

Ponto 4. O meio de transporte ferroviário tem vantagens e desvantagens face ao rodoviário. Não é, de resto, concorrente, antes complementar.

Ponto 5. Portugal teria muito a beneficiar com ligações de médio e longo curso, com boa cobertura territorial. Esta cobertura é fácil: Basta fazer ligações internacionais para comboios de mercadorias. Passageiros virão atrás.

Ponto 6. Um investimento no momento presente na ferrovia é positivo. Os meios de transporte rodoviários estão, neste momento saturados. Há oferta excessiva em zonas de densidade populacional reduzida, que torna a gestão de capacidade nos grandes centros urbanos impossível. A passagem de parte do tráfego para ferrovia é, por conseguinte, benéfica.

Ponto 7. Há opções estratégicas simples que podem beneficiar e potenciar, o efeito rede. A ligação da rede ferroviária nacional ao aeroporto do Porto, por exemplo, carece de sensivelmente 2000 metros de linha, em terrenos sem construção.
i) A rede ferroviária nacional terá de ser mudada para bitola Europeia, mais cedo ou mais tarde. Mais vale cedo, que tarde, e aproveitar outros canais, desaproveitados durante anos. ex: Linha do Vouga + Linha do Oeste. Estas servem uma população equivalente (ou superior) á Linha do Norte.

Ponto 8. A Rede de Alta Velocidade inquinou a discussão sobre o que é efectivamente necessário, num país com 800 km * 200 km. É necessário um rede ferroviária, em bitola Europeia, que permita o tráfego de mercadorias e passageiros.


Ponto 9. Não entendo porque é tão difícil perceber os pontos acima definidos.

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Sobre ruralidade, apenas tenho a dizer o seguinte: Não existe um mundo rural e um mundo urbano. Existe uma palete significativa de diferentes formas de ocupação do solo, que, sobretudo em Portugal é extraordinariamente diversa, o que implica uma gestão de prioridades igualmente flexível.


E mais terei a dizer, se tiver tempo.

Bear with me.



* (Haveria de ser objecto de estudo como a rede de auto-estradas nitidamente se sobrepôs aos traçados historicamente previstos para a generalidade das linhas)