O Cacique - lider tribal.

segunda-feira, abril 27, 2015

Portugal


Um conceito? Uma abstracção? Uma casa? Ou uma Pátria? É simplesmente o país onde nasci e cresci. Onde tenho, estatisticamente, a maior parte dos meus amigos e conhecidos. Que me deu a língua que melhor sei falar. Que me abriu portas. Que me acolhe no regresso, por vezes de forma tosca e desajeitada. Onde os sentidos despertam, onde sentir faz sentido. É um território especial. Diverso, país de mar profundo, fragas agrestes, planícies vastas, ribeiros exuberantes, cidades com história, aldeias acolhedoras, pessoas francas e vendedores de banha da cobra. Único, certamente, como qualquer local no mundo, e, por conseguinte, merecedor de atenção para que se legue aos futuros habitantes do mesmo espaço um pouco melhor do que o encontramos. E é disto que se trata. Recorro a Verdi para melhor descrever o meu objectivo neste espaço: "Va, pensiero, sull´ali dorate". Vai (voa), pensamento, sobre asas douradas. Pensar, reflectir, objectar, discutir.

segunda-feira, janeiro 30, 2012

Pendulum


estatisticas


http://epp.eurostat.ec.europa.eu/statistics_explained/index.php/Passenger_transport_statistics

http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_SDDS/en/rail_pa_esms.htm

terça-feira, janeiro 10, 2012

AVS sistema de pensoes suico


http://www.bsv.admin.ch/themen/ahv/00011/01259/index.html?lang=en

sexta-feira, outubro 21, 2011

Geração.


"A geração do meu pai foi a geração que conheceu a fundo o provérbio chinês: não serás homem enquanto não conheceres a pobreza, o amor e a guerra. Uma geração que ainda encarou os filhos como filhos, não como "amigos", mantendo uma distância emocional que não conseguiu vencer. Uma geração que nunca foi a mais qualificada de sempre, que não fez carreiras em partidos políticos, que não teve "mundo", mas nunca perdeu o sentido das proporções. Uma geração sequestrada pelos grandes debates ideológicos do século. Esta foi a geração sem a qual não teria existido a democracia, uns porque lutaram por ela, outros porque foram a bússola de ordem e conservadorismo sem os quais nenhuma democracia prospera. Pessoas como o meu pai tiveram "convicções". Tiveram acima de tudo bom senso. Tiveram acima de tudo vergonha. Conservadores nos costumes e crentes de que o Estado deve ajudar os mais desfavorecidos, foram eles os "pais" do serviço nacional de saúde. Hoje, contemplam com estranheza um mundo de patos-bravos e oportunistas sanguessugas. Mereciam mais das instituições que serviram. Mereciam melhor que um país de Armandos Varas e Dias Loureiros. Mereciam melhor do que um país falido."

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Diálogo do governo filho para a nação pai


- Papá, o Totta não me dá mais crédito e a Euribor está cara, podes pagar o T3 de luxo*?

*(E o iphone, o A3, a HD, e a viagem às Bahamas)


- Nação, ninguém empresta a menos de 7% e o BCE só empresta a 6, podem pagar o TGV*?

*(E as éolicas, consultoria, NAL, rotundas, salários de cargos público-privados)

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Acertaram.


Portuguese Perfection, Perfect Portugal

sexta-feira, janeiro 21, 2011

REFER e o seu Grupo


" O Grupo REFER é constituído por um conjunto de empresas que,
actuando numa lógica de complementaridade, contribuem articuladamente
para a modernização e desenvolvimento do caminho-de-ferro.
REFER · Gestão da infra-estrutura ferroviária
RAVE · Rede de Alta Velocidade
REFER TELECOM · Telecomunicações
INVESFER · Valorização de património
FERBRITAS · Estudos, projectos e exploração de pedreiras
CPCOM · Exploração de espaços comerciais
GARE INTERMODAL DE LISBOA
FERNAVE · Formação e consultoria
METRO MONDEGO

Deixem-me perceber... Parte das competências da REFER passam por estudos, projectos e exploração de pedreiras? Explorar espaços comerciais? Realizar consultoria?

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Sócrates está convencido


Que é um Priscillianista.

A cantar (para mim) desde 2002


Sócrates deverá anunciar défice claramente inferior a 7,3%
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=462281

Dívida Pública de 2010 derrapa em quatro mil milhões no final do ano
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=463757


Não estão relacionadas? Mas claro que não estão relacionadas...

terça-feira, janeiro 18, 2011

A ferrovia, Portugal e a ruralidade


Pelo facto de ter sido aumentada a visibilidade deste blog, graças ao segundo blog preferido aqui no burgo, atrás do portugal contemporaneo, achei por bem colocar aqui algumas notas adicionais.

Recordando, e porque não leio o jugular, e me basta a causa foi modificada para ficar a saber tudo o que há ao redor no planeta portugal, Maradona (vénia), fez um comentário breve, sucinto, contendo uma fúria irrepreensível, ao post "Fanáticos da ruralidade" de JPC.

Estando o caro leitor, pode agora escrutinar as respostas e contra-respostas filosóficas com que nos fomos degladiando. E porque não tenho muito tempo para fios intermináveis de discussão (com grande pesar meu), quero aqui sumarizar a minha visão geral respeitante ao problema "ferrovia" em Portugal, bem como dar umas achegas sobre a "ruralidade" do dito País. E vou tentar manter-me o mais sumário possível e deixo os argumentos para uma outra ocasião.

Ponto 1. A gestão política da ferrovia em Portugal foi, desde o 25 de Abril, criminosa. E nunca devidamente julgada. Digo criminosa, porque houve vítimas a lamentar como resultado directo dessa gestão.

Ponto 2. Uma situação nunca é. O estado actual, considerando qualquer lei decente (as físicas e as religiosas, que as civis passam, em geral, uma esponja sobre os antecedentes), é resultado de uma evolução prévia. Por exemplo, o facto de existirem hoje 7 biliões de seres humanos no planeta, é resultado de muito amor e/ou actividade sexual, misturada com umas quantas guerras e catástrofes, com pós de investimento financeiro na natalidade (por exemplo, na Alemanha e em França) e "desinvestimento" superlativo (por exemplo, na China).

Ponto 3. Também o estado da rede ferroviária no país, é o resultado de muitas alíneas, que gostava de passar a destacar
a) a vontade de algum poder político no tempo da monarquia, para ter um meio de transporte mais eficiente e veloz no reino
b) a expansão ditada pelos interesse sócio-económicos, que dotou Portugal de uma rede intricada, mas incompleta*.
c) a opção técnica pela bitola ibérica na generalidade das vias, e métrica em diversos ramais que teve como consequência
i) material circulante redundante, multiplicação dos custos de manutenção.
ii) impossibilidade de ligação ao resto da Europa.
iii) aumento de transbordos (inicialmente não seria vísivel este impacto)
d) a localização das estações, geralmente afastadas dos centros urbanos
e) eliminação de troços antigos/em desuso
f) oferta de serviços limitada
g) procura de serviços limitada
h) o investimento preferencial em estradas e auto-estradas, e lentidão de projectos de modernização ferroviária

Ponto 4. O meio de transporte ferroviário tem vantagens e desvantagens face ao rodoviário. Não é, de resto, concorrente, antes complementar.

Ponto 5. Portugal teria muito a beneficiar com ligações de médio e longo curso, com boa cobertura territorial. Esta cobertura é fácil: Basta fazer ligações internacionais para comboios de mercadorias. Passageiros virão atrás.

Ponto 6. Um investimento no momento presente na ferrovia é positivo. Os meios de transporte rodoviários estão, neste momento saturados. Há oferta excessiva em zonas de densidade populacional reduzida, que torna a gestão de capacidade nos grandes centros urbanos impossível. A passagem de parte do tráfego para ferrovia é, por conseguinte, benéfica.

Ponto 7. Há opções estratégicas simples que podem beneficiar e potenciar, o efeito rede. A ligação da rede ferroviária nacional ao aeroporto do Porto, por exemplo, carece de sensivelmente 2000 metros de linha, em terrenos sem construção.
i) A rede ferroviária nacional terá de ser mudada para bitola Europeia, mais cedo ou mais tarde. Mais vale cedo, que tarde, e aproveitar outros canais, desaproveitados durante anos. ex: Linha do Vouga + Linha do Oeste. Estas servem uma população equivalente (ou superior) á Linha do Norte.

Ponto 8. A Rede de Alta Velocidade inquinou a discussão sobre o que é efectivamente necessário, num país com 800 km * 200 km. É necessário um rede ferroviária, em bitola Europeia, que permita o tráfego de mercadorias e passageiros.


Ponto 9. Não entendo porque é tão difícil perceber os pontos acima definidos.

======

Sobre ruralidade, apenas tenho a dizer o seguinte: Não existe um mundo rural e um mundo urbano. Existe uma palete significativa de diferentes formas de ocupação do solo, que, sobretudo em Portugal é extraordinariamente diversa, o que implica uma gestão de prioridades igualmente flexível.


E mais terei a dizer, se tiver tempo.

Bear with me.



* (Haveria de ser objecto de estudo como a rede de auto-estradas nitidamente se sobrepôs aos traçados historicamente previstos para a generalidade das linhas)

sexta-feira, novembro 26, 2010

Ask yourselves why you were clapping.




KEATING

Yes. We know that. All right. Now, I
didn't bring them up here to ridicule
them. I brought them up here to illustrate
the point of conformity: the difficulty in
maintaining your own beliefs in the face
of others. Now, those of you -- I see
the look in your eyes like, "I would've
walked differently." Well, ask
yourselves why you were clapping. Now,
we all have a great need for acceptance.
But you must trust that your beliefs are
unique, your own, even though others may
think them odd or unpopular, even though
the herd may go, "That's baaaaad." Robert
Frost said, "Two roads diverged in a
wood and I, I took the one less traveled
by, and that has made all the
difference." Now, I want you to find
your own walk right now. Your own way of
striding, pacing. Any direction.
Anything you want. Whether it's proud,
whether it's silly, anything. Gentlemen,
the courtyard is yours.

You don't have to perform. Just make it
for yourself. Mr. Dalton? You be joining
us?

CHARLIE
Exercising the right not to walk.

KEATING
Thank you, Mr. Dalton. You just
illustrated the point. Swim against the
stream.


quinta-feira, novembro 25, 2010

O preço das renováveis


A factura chega sempre, tarde ou cedo.

quarta-feira, novembro 03, 2010

Correia de Campos


"o Estado social pressupõe um Estado financeiramente sólido."

O único ministro que viu quem era Sócrates e não pactuou com o regabofe.

sexta-feira, agosto 20, 2010

A causa é constantemente modificada.


Depois há a questão das touradas. Sou contra as touradas e, para mim, as pessoas não deviam gostar de touradas, porque as touradas são más para os touros. O problema é que não consigo encontrar argumentos para proibir quem gosta de tourada de nutrir com o seu aplauso e dinheiro a tourada, nomeadamente quando observo que eu próprio não estou disposto a abdicar de um sem número de coisas de que hoje benefecio e que, objectivamente, provocam muito mais sofrimento aos animais. Há a questão do espectáculo, do prazer que as pessoas que gostam de tourada retiram por assistir a um percurso lento de dor de um animal até à sua morte. Admito que há aqui uma diferença, entre quem faz sofrer um animal porque se quer alimentar e aqueles que o fazem em nome de uma arte. Mas a questão talvez seja mais ou menos como a da bomba atómica: do ponto de vista do individuo japonês, morrer debaixo de uma explosão nuclear ou porque mil aviões depejaram 30 milhões de quilos de bombas incendiárias na minha cidade de madeira é absolutamente indiferente; a diferença só surge posteriormente, quando objectivos ideológicos impregnam a nossa maneira de olhar a morte e o sofrimento extremo. A vida de um touro de lide quando mal comparada com a de um porco de uma exploração dinamarquesa é o equivalente a mal comparar a vida de uma estrela rock que morre repentinamente aos 27 anos afogado num mar de conas com a de um miudo de 18 que morre no Afeganistão debaixo IED: ambos morrem cedo, mas enquanto um teve uma vida maravilhosa, o outro nem chegou a saber o que era viver.


Maradona

Comentário


Reforçando a argumentação deste post no "Cachimbo de Magritte".

Existe uma noção importante, que toda a gente está a ignorar: O que é o desemprego estrutural?

Façamos um pequeno exercício de abstracção antes de mergulhar de novo no assunto em discussão que é a liberalização/flexibilização das leis do mercado de trabalho.

O que é considerado "emprego" é a utilização de determinadas capacidades humanas com o propósito de criar algo que se pode denominar "valor". Esse valor pode ter diferentes propósitos, sejam egoísticos (ex. plantar couves para se alimentar), sejam altruísticos (ex. educar uma criança para esta se tornar auto-suficiente).

Ora, partindo desta noção KISS, o que é então o desemprego estrutural? É a incapacidade de um determinado indíviduo poder utilizar as suas capacidades para criar um determinado valor durante um período prolongado.

Considerando o que é afirmado no parágrafo anterior, muita gente afirma: Não interessa que valor está a ser criado, as capacidades são o vector que deve ser recompensado, não obstante esse valor eventualmente não ser útil aos restantes.

Incorre-se aqui num problema: Se i) não existe incentivo para alterar o valor que está a ser produzido com as capacidades do indivíduo, e se ii) é garantido que o valor inútil gerado é recompensado, então não vai existir a necessidade de adaptar as capacidades a um mundo em mudança.

Ou seja, a garantia de utilização das capacidades existentes acaba por destruir valor no todo da sociedade.

Saindo desta análise abstracta, qual é o impacto?

A garantia de um emprego para a vida estava intimamente ligada ao facto de o conjunto de capacidades que eram necessárias à criação de um determinado valor não se alterar no espaço de uma geração.

No entanto, pelas mudanças tecnológicas e sociais, existem dois tipos de capacidades que deixam progressivamente de ser necessárias:
1. trabalhos repetitivos -> substituídos por máquinas e automatismos
2. trabalhos tecnológicos e ciêntificos -> o acesso a informação leva a que conceitos e técnicas mudem mais rapidamente

Concluindo (deixarei os leitores continuar o argumento acima): Se queremos uma sociedade com acesso a um valor gerado correspondente a um maior output económico, ou seja à sociedade tecnológica tão presente nos discursos políticos de hoje em dia, é essencial que as capacidades se transformem de forma contínua. E isso implica forçosamente ou uma flexibilização de emprego, ou desemprego estrutural para as capacidades obsoletas. A alternativa é uma sociedade mais modesta, com menor pendor "tecnológico", mas que num mercado aberto pode, devido às disparidades na riqueza entre duas sociedades com diferentes modelos de desenvolvimento gerar conflitos.

quinta-feira, junho 24, 2010

Um novo regime


Artigo interessante para meditar. A meu ver, o regime de "Situacionismo" vai agora endurecer e radicalizar-se, e apenas olho para o que vem a seguir.

O que se seguirá, quando os cortes forem excessivos e a cultura portuguesa intrinseca não for capaz de se adaptar, e não estiver mais disposta a aceitar as regras alemãs? E qual o impacto das mudanças demográficas e educacionais neste processo?

O mais notório período de imposição externa na história de Portugal durou 60 anos [1580-1640], correspondendo à dinastia Filipina. Como diz Nuno Garoupa, nenhum regime político dura para sempre, e à III Républica, algo se seguirá.

quinta-feira, maio 20, 2010

José Sócrates e o modelo Kübler-Ross


1.Denial
Denial is usually only a temporary defense for the individual. This feeling is generally replaced with heightened awareness of situations and individuals that will be left behind after death.
2.Anger
Once in the second stage, the individual recognizes that denial cannot continue. Because of anger, the person is very difficult to care for due to misplaced feelings of rage and envy.
3.Bargaining
Usually, the negotiation for an extended life is made with a higher power in exchange for a reformed lifestyle.
4.Depression
Because of this, the individual may become silent, refuse visitors and spend much of the time crying and grieving.
5.Acceptance
In this last stage, the individual begins to come to terms with their mortality or that of their loved one.


Falta a depressão, que creio estar ao virar da esquina...

quarta-feira, maio 12, 2010

Do grande, grande maradona


Não me choca que esta visita do Papa não esteja a ser um banho de sangue, perdão, de muldidões. Não sendo um crente não deveria ter uma opinião sobre isto, mas, dispondo de tempo e ignorância quanto baste, tenho: gosto de ver uma Igreja que não mude, que não se adapte, ou que, pelo menos, resista. Se a teologia é um discurso sobre o absoluto, ele não deve estar associado ou dependente da popularidade, necessariamente circunstancial e invariavelmente superficial, inculta, mesmo estúpida, das razões das suas posições. A questão dos preservativos é um belo cartoon sobre isso: se as normas de conduta que a Igreja fornece aos seus seguidores determinam que o sexo é uma actividade para se ter no interior do casamento e como contribuição para a procriação, que sentido tem exigir à Igreja uma tomada de posição relativamente a um assunto (doenças sexualmente transmissiveis, planeamente familiar) que está claramente a juzante desse? Os crentes, quem tem fé, se está suficientemente lúcido para pecar tendo sexo fora do casamento, não se pode desculpar com a posição da Igreja se não tiver tido a coragem de ter pecado mais um bocadinho e usado o caralho de um preservativo. Apela-se muitas vezes à responsabilidade social da greja, de facto efectiva, nos contornos sociológicos que estes comportamentos assumem, nomeadamente em África. Não me fodam. Uma coisa é a acção, outra coisa é um discurso moral: naquelas situações em que a Igreja actuou politicamente para evitar a distribuição de conhecimento ou material contraceptivo e protector, estamos, de facto, perante um crime; mas em noventa e picos por cento das críticas à Igreja o que se assiste é ao desejo de se entrar num simples combate de ideias, como se a busca de um fundamento filosófico (no caso, Cristão) baseada num livro e numa fé especificas fizesse sentido fora desse contexto. Envolva-se a Igreja num debate político delimitado pelas consequências da observação intergral do seu sistema, mas não a responsabilizemos pelos danos dos pecados dos que lhe carregam a bandeira, mas não a praxis do seu sistema. Quem diz bandeira, diz banco. Uma coisa que aprendi nesta busca pelo Papa é que crentes e não crentes vêem isto um pouco como ir à pesca; ou, pelo menos, utilizam todos da mesma paciência e, mais importante, dos mesmo bancos


maradona

Iremos por arrasto,


Em vez de liderar.

O exemplo já tinha sido dado, pela Irlanda, mas no rectângulo à beira mar plantado, ainda havia dúvidas e se gritava demagogia quanto à necessidade de um exemplo vindo de cima...

quarta-feira, maio 05, 2010

Banda sonora do momento.




com três letrinhas apenas se escreve TGV.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Muito importante


E para reflexão pessoal:

"Quanto ao facto de o Governo e José Sócrates estarem com uma imagem fragilizada, D. Manuel Clemente alertou para as cautelas que é preciso ter para diferenciar opinião pública da opinião publicada.


“A opinião pública e a opinião publicada nem sempre coincidem. Ainda agora, na sua intervenção, o professor Adriano Moreira chamava a atenção para a origem das notícias que se publicam: elas realmente espelham o que é o sentimento público ou aquilo que algumas fontes noticiosas querem induzir ao sentimento público? De maneira que aqui também temos de ser muito cautelosos”, notou."

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Não há responsáveis por estas palavras?



"O primeiro-ministro reafirmou esta terça-feira que a crise orçamental portuguesa «está ultrapassada» e os factores que a motivaram «estão resolvidos», garantindo que pela primeira vez tal foi possível sem comprometer o crescimento económico, informa a Lusa."

Não há responsáveis por estas palavras?


"Teixeira dos Santos diz que é «o resultado lógico de um processo de consolidação orçamental»"




"Apesar da instabilidade dos mercados financeiros não ter um fim à vista, o primeiro-ministro admitiu que “a partir de agora, não é preciso um esforço [dos portugueses] tão acentuado” como se pediu nos últimos anos, não escondendo que o trabalho deve continuar “em prol da disciplina orçamental”.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Fantástico


Os bebés portugueses vão poder começar a emprestar dinheiro ao Estado para financiar a dívida pública assim que nascerem.

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Ministerio do Trabalho e Segurança Social - Organismos



Porto:
Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social, I.P.

Oeiras:
Instituto de Informática, I.P.

Lisboa(34):
Secretaria-Geral
Inspecção-Geral
Gabinete de Estratégia e Planeamento
Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho
Direcção-Geral da Segurança Social
Autoridade para as Condições de Trabalho
Instituto da Segurança Social, I.P.
Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I.P.
Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P.
Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu, I.P.
Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.
Casa Pia de Lisboa, I.P.
Gabinete de Gestão EQUAL
Programa Operacional Potencial Humano
Fundação INATEL
Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo (a externalizar com a criação da Cooperativa António Sérgio)
Caixas de Previdência Social
Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários
Caixa de Previdência e Abono de Família dos Jornalistas
Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores
Caixa de Previdência do Pessoal da Companhia Portuguesa Rádio Marconi
Caixa de Previdência do Pessoal das Companhias Reunidas de Gás e Eletricidade
Caixa de Previdência do Pessoal dos Telefones de Lisboa e Porto
Caixa de Previd. dos Trabalhadores da Empresa Portuguesa das Águas Livres, SA
"Cimentos" - Federação das Caixas de Previdência
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Agência Nacional para a Qualificação, I.P.
Agência Nacional para a Gestão do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida
Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR)
Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE)
Programa para a Inclusão e Cidadania (PIEC)
Conselho Nacional para a Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência
Comissão Nacional do Rendimento Social de Inserção
Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado

Orçamento Governos Civis


Distrito do Porto: 1 824 123 habitantes [INE]
Distrito de Lisboa: 2 238 484 habitantes [INE]

Orcamento 2009 MAI [], capítulo 5, Governos Civis:
Lisboa: 5.202.700€
Porto: 2.343.204€

Ministerio do Ambiente - Organismos


Lisboa(19):
Secretaria-Geral do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional
Gabinete de Relações Internacionais
Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano
Departamento de Prospectiva e Planeamento e Relações Internacionais
Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território
Agência Portuguesa do Ambiente
Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade
Instituto da Água
Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana
Instituto Geográfico Português
Conselho Nacional da Água
Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável
Águas de Portugal, S.A.
Parque Expo 98, S.A.
Parques de Sintra - Monte da Lua, S.A.
Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos
Gabinete do Gestor da Intervenção Operacional do Ambiente
Gabinete Coordenador do Programa Polis

Ministerio da Economia e do Desenvolvimento - Organismos


Organismos

- Lisboa (14):
Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE)
Rua Dom Cristóvão da Gama, 1 - 3º 1400 - 113 Lisboa - Portugal

Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG)
Av. 5 de Outubro, 87 1069 – 039 Lisboa

Laboratório Nacional de Energia e Geologia, I.P. (LNEG)
Estrada do Paço do Lumiar 1649 - 038 Lisboa

Comissão de Planeamento Energético de Emergência (CPEE)
Av. 5 de Outubro, 87 1069 – 039 Lisboa

Serviços Centrais
Estrada do Paço do Lumiar, 22 - Edifício A 1649-038 Lisboa

Instituto Português da Qualidade, I.P. (IPQ)
Rua António Gião, 2 2829 - 513 Caparica - Portugal

Autoridade da Concorrência (AdC)
Av. de Berna nº 19 1050 - 137 Lisboa

Direcção-Geral das Actividades Económicas (DGAE)
Av. Visconde de Valmor, 72 1069 – 041 Lisboa

Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE)
Avenida da República, nº 79 1050-243 Lisboa

Gabinete de Gestão do Programa de Incentivos à Modernização da Economia (GGPRIME)
Rua Rodrigues Sampaio, 13 1169-028 Lisboa

Direcção-Geral do Consumidor (DGC)
Praça Duque de Saldanha, 31 - 3º 1069 - 013 Lisboa - Portugal

Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE)
Av. Conde de Valbom, 98 1050-070 Lisboa

Comissão de Aplicação de Coimas em Matéria Económica e de Publicidade (CACMEP)
Av. da República, 79 – 3º 1069 - 218 Lisboa

Turismo de Portugal
Rua Ivone Silva, Lote 6 1050 - 124 Lisboa - Portugal


- Porto/Lisboa:
Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP)
Rua António Bessa Leite, 1430 - 2º andar 4150-074 Porto
Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 Lisboa


- Porto:
Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento, I.P. (IAPMEI)
Rua Direita do Viso, 120 4269 - 002 Porto

Ministerio das Obras Publicas - Organismos e Empresas


Porto:
AMT Porto - Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto, E.P.E.
APDL - Administração dos Portos do Douro e Leixões, S.A.
MP - Metro do Porto, S.A.
STCP - Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, S.A.

Coimbra:
MM - Metro-Mondego, S.A.

Almada:
EP - Estradas de Portugal, S. A.

Aveiro:
APA - Administra
ção do Porto de Aveiro, S.A.

Beja:
EDAB - Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, S.A.

Funchal:
CTRINM - Comissão Técnica do Registo Internacional de Navios da Madeira

Sines:
APS - Administra
ção do Porto de Sines, S.A.

Setúbal:
APSS - Administra
ção dos Portos de Setúbal e Sesimbra, S.A.

Lisboa(37):
AMTL - Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa
ANA - Aeroportos de Portugal S.A.
ANAM - Aeroportos e Navega
ção Aérea da Madeira, S.A.
APL - Administra
ção do Porto de Lisboa, S.A.
CARRIS - Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S.A.
CCOPTC - Conselho Consultivo de Obras Públicas, Transportes e Comunicações
CP - Caminhos de Ferro Portugueses, E.P.E.
CPEC - Comissão de Planeamento de Emergência das Comunicações
CPETA - Comissão de Planeamento de Emergência do Transporte Aéreo
CPETM - Comissão de Planeamento de Emergência do Transporte Marítimo
CPETT - Comissão de Planeamento de Emergência dos Transportes Terrestres
CTT - Correios de Portugal, S.A.
GABLOGIS - Gabinete para o Desenvolvimento do Sistema Logístico Nacional
GISAF - Gabinete de Investiga
ção de Segurança de Acidentes Ferroviários
GPERI - Gabinete de Planeamento Estratégico e Relações Internacionais
GPIAA - Gabinete de Preven
ção e Investigação de Acidentes com Aeronaves
ICP - Autoridade Nacional de Comunicações (ICP-ANACOM)
IGOPTC - Inspec
ção-Geral das Obras Públicas, Transportes e Comunicações
IMTT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I.P.
INAC - Instituto Nacional de Avia
ção Civil, I.P.
InCI - Instituto da Constru
ção e do Imobiliário
INIR - Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias
IPTM - Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, I.P.
LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil, I.P.
ML - Metropolitano de Lisboa, E.P.E.
MST - Gabinete do Metro Sul do Tejo
NAER - Novo Aeroporto, S.A.
NAV Portugal - Navega
ção Aérea de Portugal, E.P.E.
POVT-QREN - Programa Operacional Temático Valoriza
ção do Território
PT - Portugal Telecom, SGPS, S.A.
RAVE - Rede Ferroviária de Alta Velocidade, S.A.
REFER - Rede Ferroviária Nacional � REFER, E.P.E.
SG - Secretaria-Geral
SILOPOR - Empresa de Silos Portuário, S.A.
TAP - Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A.
TRANSTEJO - Transportes Tejo, S.A.
TTT - Equipa de Missão da Terceira Travessia do Tejo

Ministerio da Educação - Organismos


Braga:
CCPFC Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua

Sintra:
EME Editorial do Ministério da Educação

Lisboa(15):
ANQ Agência Nacional para a Qualificação
DGIDC Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular
DGRHE Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação
GAVE Gabinete de Avaliação Educacional
GEPE Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação
GGF Gabinete de Gestão Financeira
IGE Inspecção-Geral da Educação
MISI Gabinete Coordenador do Sistema de Informação do Ministério da Educação
SG Secretaria-Geral
RBE Rede de Bibliotecas Escolares
PRODEP Programa de Desenvolvimento Educativo para Portugal
ANSOCLEO Agência Nacional Socrates Leonardo Da Vinci
JNE Júri Nacional de Exames
CENOR Centro Nacional de Recursos para a Orientação Vocacional
CNE Conselho Nacional de Educação

MCETS - Organismos


Coimbra:
Instituto Nacional de Medicina Legal, I. P.
Museu Nacional da Ciência e da Técnica Doutor Mário Silva

Lisboa(21):
Academia das Ciências de Lisboa
Agência de Inovação, S. A. (AdI)
Centro Científico e Cultural de Macau, I. P.
Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica
Conselho Nacional de Educação
Direcção-Geral do Ensino Superior
Estádio Universitário de Lisboa, I. P.
Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I. P.
Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais
Inspecção-Geral
Instituto de Investigação Científica Tropical, I. P.
Instituto de Meteorologia, I. P.
Instituto Hidrográfico
Instituto Nacional da Propriedade Industrial
Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, I. P.
Instituto Nacional de Recursos Biológicos, I. P.
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, I. P.
Laboratório Nacional de Engenharia Civil, I. P.
Laboratório Nacional de Energia e Geologia, I. P.
Programa Operacional Ciência e Inovação 2010
Secretaria-Geral do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

Sacavém:
Instituto Tecnológico e Nuclear, I. P.

Oeiras:
Programa Operacional POS-Conhecimento
UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, I. P.


Ministério da Cultura - Fundações


Fundações
O Ministério da Cultura é membro fundador e/ou apoia as seguintes Fundações:

Lisboa:
Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva
Fundação Centro Cultural de Belém
Fundação de Arte Moderna e Contemporânea – Colecção Berardo
Fundação Ricardo Espírito Santo Silva

Sintra:
Fundação Cultursintra

Porto:
Fundação Casa da Música
Fundação de Serralves

Santa Cruz do Douro:
Fundação Eça de Queiroz

Guimarães:
Fundação Cidade de Guimarães
Fundação Martins Sarmento

Peso da Régua
Fundação Museu do Douro

Ministerio da Cultura - Organismos


Lisboa (21):
Academia Internacional de Cultura Portuguesa
Academia Nacional de Belas Artes
Academia Portuguesa da História
Biblioteca Nacional de Portugal - BNP
Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema, I.P. - Cinemateca, I.P.
Companhia Nacional de Bailado - CNB
Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo - DRC de Lisboa e Vale do Tejo
Direcção-Geral das Artes - DGARTES
Direcção-Geral de Arquivos – DGARQ
Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas - DGLB
Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais - GPEARI
Inspecção-Geral das Actividades Culturais - IGAC
Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, I. P. – IGESPAR, Lisboa
Instituto do Cinema e do Audiovisual
Instituto dos Museus e Conservação, I.P. - IMC, I.P.
Observatório das Actividades Culturais
Organismo de Produção Artística - OPART, E.P.E.
Programa Operacional da Cultura - POC
Secretaria-Geral - SG
Teatro Nacional D. Maria II, E.P.E. - TNDM, E.P.E.
Teatro Nacional de São Carlos - TNSC

Évora:
Direcção Regional de Cultura do Alentejo - DRC Alentejo

Faro:
Direcção Regional de Cultura do Algarve - DRC do Algarve

Coimbra:
Direcção Regional de Cultura do Centro - DRC do Centro

Vila Real:
Direcção Regional de Cultura do Norte - DRC do Norte

Porto:

Teatro Nacional de São João, E.P.E – TNSJ, E.P.E

Portugal não é a Grécia


Em 2006, o Primeiro Ministro Húngaro, Ferenc Gyurcsány, foi escutado numa conversa privada dizendo que tinha mentido nos últimos ano e meio, dois anos, e perguntava-se, se tivesse de prestar contas ao país, o que poderia honestamente dizer.

A fuga destas conversas privadas, admitidas pelo responsável máximo do governo Húngaro despoletou uma furiosa revolta.

No entanto, tal como Portugal não é a Grécia, José Sócrates não é Ferenc Gyurcsány. Por um lado, nunca o veria admitir a veracidade de escutas privadas. Por outro, tomando em linha de conta a sua incompetência, a sua manifesta falta de humildade, bem como a completa esquizofrenia em relação à actual situação do mundo e do país, jamais o veria pronunciar uma visão lúcida face à sua própria governação.


O que me entristece, contudo, é que para além de ser fácil ao primeiro ministro iludibriar e manipular, adaptando os métodos juventude-partidária[1] à governação do país, os portugueses se deixam amansar por essa conversa sibilina.

Portugal não é a Grécia, e muito menos a Hungria: Se José Sócrates cometesse a incúria de deixar o rastilho incendiar-se, parece-me que a sociedade civil Portuguesa não teria sequer a pólvora(metafórica) para uma revolta. Seja serena como o povo de Pinheiro de Azevedo ou barulhenta à imagem preconizada por Medina Carreira.

A sociedade civil em Portugal está esvaziada de espírito, amedrontada pela mudança, aprisionada pelas incertezas. E já agora, sem dinheiro para aventuras.

Pena.


(1) iguaizinhos em forma e conteúdo aos de Passos Coelho. "Mudar" não passa de uma onomatopeia moderna com laivos tecnológicos/cráticos (aka modernaça), útil para trazer pelo bolso. Essa mão, incongruentemente magnânima, está cheia de nada.

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segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Inteligência Artificial


Excepcional artigo de Га́рри Ки́мович Каспа́ров: http://www.nybooks.com/articles/23592

via a causa foi modificada

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Invictus


Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

segunda-feira, janeiro 11, 2010

O Futebol e o Investimento Público


Nos 25 anos do falecimento de José Maria Pedroto, não é despropositado analisar o Investimento Público de um ponto de vista Futebolístico.

Creio que existe uma clivagem irreconciliável na estratégia para o triunfo no futebol. O futebol espectáculo, com a aposta no ataque e no virtuosismo individual, por contraponto com o futebol total, onde a pressão em todo o campo leva os jogadores a trabalhar em prol da equipa. Ambos podem satisfazer os adeptos e o público em geral: Se o futebol espectáculo estimula as sensações e despoleta o ego, é o futebol total que ganha títulos e campeonatos.

Portugal padece de um síndroma futebolístico agudo, e isso levará a compreender porque se reflecte uma metáfora do mundo da bola na economia, entre um país "à Benfica", com contratações dispendiosas e um inexplicável orgulho em ténues vitórias e um país "à Porto", assente no rigor, com mais-valias de excepção que passam apesar de tudo despercebidas nos sucessos que vamos conquistando.



(continua)

quinta-feira, janeiro 07, 2010


Análise do Orçamento de Estado:
Despesas com Pessoal de divisões sedeadas em Lisboa -> Qual o impacto económico da Administração Central sedeada exclusivamente na capital?

http://www.parlamento.pt/OrcamentoEstado/Paginas/oe2009.aspx

Solução: Direcções Gerais, etc, distribuídas por outros locais no país (inicialmente, distribuição Macro- Nuts II, embora distrito fosse mais adequada).

quarta-feira, novembro 04, 2009

notas soltíssimas


:: investimento publico é uma arma poderosa
:: descolonizar, democratizar, desenvolver, (descentralizar)?

sexta-feira, setembro 18, 2009

Sobre vinho


http://clubedevinhos.com/artigos/como-servir-vinho

quinta-feira, julho 30, 2009

Programa de Governo do PS.


Consta do plano quinquenal do governo:

"e) Assegurar que Portugal se mantém na fronteira tecnológica na área das renováveis, nomeadamente em:
I) tecnologias para apoiar o lançamento de redes de automóveis alimentados por baterias de ião de lítio laminadas;
II) rede inteligente de distribuição;
III) produção de torres eólicas e sistemas de gestão de parques eólicos;
IV) cabos de alta tensão e transformadores de última geração;
V) capacidade de produção no solar térmico e fotovoltaico;
VI) engenharia e construção de barragens e
VII) indústria de construção com forte capacidade de desenvolvimento na área da eficiência energética;"

O que tem a área das renováveis a ver com uma rede de automóveis alimentados por baterias de ião de lítio laminadas? Ou com os cabos de alta tensão e transformadores de última geracão? Ou com a eficiência energética na construcão?

E sobretudo, porque razão será o governo a definir que estas são as apostas correctas, e não as próprias empresas? Porque não pegar no dinheiro que iria ser utilizado para todas estas iniciativas e cortar nos impostos de todos?

"
n) Terminar, a prazo, com a comercialização de lâmpadas incandescentes de baixa eficiência energética;
"
Porque consta do programa do PS algo que já está determinado pela União Europeia?
http://europa.eu/rapid/pressReleasesAction.do?reference=IP/08/1909&format=HTML&aged=0&language=EN&guiLanguage=en


"w) Garantir a criação de uma rede piloto para a mobilidade eléctrica em Portugal, que assegure uma cobertura adequada para o lançamento da mobilidade eléctrica;"
Esta frase é português?



Li apenas por alto, e imediatamente estas pérolas surgiram. Vou analisar com mais cuidado em breve.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

TGV


Tenho escrito sobre o assunto TGV de forma solta, e um comentário ao post do Vasco Campilho no 31 da armada que estava a ficar assustadoramente extenso, levou-me a optar por responder aqui e concentrar de certo modo a minha opinião sobre o assunto de uma vez por todas. Para quem quer apenas ler as minhas conclusões pode saltar a exposição do problema.

Para começar, creio que toda a discussão em torno do TGV está absolutamente inquinada pelo próprio nome. Marketing político "oblige", a necessidade de apresentar obras grandiosas e "sound-bytes" simples esconde a essência do assunto, que vai sendo discutida a espaços. Quero acreditar que não há uma ligação ao aspecto comercial, ou seja, o facto de chamar TGV a uma renovação da rede ferroviária nacional não está à partida a considerar que são as empresas responsáveis pelo sistema de TGV francês que vão ganhar o concurso...


Sobre a renovação da rede ferroviária nacional, pontos prévios:
1. Há que analisar duas componentes: técnica e económica;
2. Considerações Económica:
a) o tráfego ferroviário apresenta inúmeras vantagens face a outros meios;
b) é necessário a ligação por via ferroviária à europa para tráfego de mercadorias;
c) portugal tem uma rede ferroviária com muitas deficiências e fraca cobertura;
3. Considerações técnicas:
a) a rede nacional actual tem duas bitolas: ibérica(1668 mm) e métrica(1000mm), incompatível com a rede europeia(1435mm);
b) quanto maior velocidade se pretende, maior o custo de construção por quilómetro;
c) utilização mista de uma linha de AV;
d) ler este documento para saber mais.

Passando à análise de cada um dos pontos supracitados:
2.a) As vantagens do transporte ferroviário são de ordem ambiental, operacionais e estratégicos. Em termos ambientais, podemos assumir que os consumos energéticos serão inferiores ao transporte de uma quantidade equivalente por estrada. Incluo também nesta equação a utilização de solo, inferior para os canais ferroviários ponto a ponto, por comparação, por exemplo, com auto-estradas. Em termos operacionais, e sobretudo a partir de médias-distâncias, há ganhos associados à diminuição do risco (menos acidentes de comboio por contraponto com acidentes rodoviários), a um melhor aproveitamento logístico (a velocidade comercial é, em príncipio superior, menos restrições na circulação, maior segurança e previsibilidade nos horários) e maior automatização dos processos. Finalmente, estrategicamente, há ganhos do ponto de vista tecnológico (peças de precisão e necessidade de pessoal mais qualificado), e, assumindo a electrificação da rede, a possibilidade de diversificar os recursos energéticos (diminuindo a dependência do petróleo externo).

2.b) Dentro ainda dos ganhos estratégicos, a compatibilidade com a Europa é essencial. Para além de politicamente se beneficiar da necessidade de existir um reforço da confiança e construção dos laços com os restantes parceiros europeus, os ganhos de um mercado único só podem ser visíveis com o progressivo aumento das trocas comerciais. Neste aspecto, aproveito para criticar o "sound-byte" político sobre a essência de nos ligarmos à Europa: era necessário distinguir o tráfego de passageiros do tráfego de mercadorias. Embora o primeiro possa e deva existir, manter-se-à irrelevante face à preponderância do tráfego de mercadorias: os tempos de viagem de qualquer cidade portuguesa a qualquer cidade francesa são de longe superiores ao transporte aéreo, e, para passageiros, com custos económicos equivalentes. Tal não se verifica para mercadorias.
Mas é crucial que exista uma ligação ferroviária eficiente à europa.

2.c) O facto de presentemente nos estarmos a focar na rede de Alta Velocidade para passageiros, vem esconder graves deficiências na nossa rede: primeiro ponto: não existe uma única ligação em viadupla a Espanha. Via dupla só entre Braga e Setúbal. Segundo ponto: A maior parte das capitais de distrito estão muito mal servidas, o que indicia muito má cobertura geográfica. A única linha electrificada até à fronteira é Aveiro - Vilar de Formoso, o que implica a utilização maçiça de locomotivas diesel. Ou seja, paga-se o desinvestimento feito durante anos, que devia envergonhar gerações. A modernização da linha do Norte arrastou-se durante anos, e ainda não está completa. Não há efeito de "rede": não há multiplas opções para chegar a um destino, o que acumularia mais passageiros de diferentes localidades.

3.a) É crucial que a bitola ibérica seja progressivamente eliminada em prol de uma bitola europeia. Isto implica mudança de material circulante (as locomotivas existentes hoje em dia têm de ser substituídas ou adaptadas, as carruagens, idem aspas), construção de novas linhas e substituição progressiva das actuais. Mas não só. É necessário cantonamentos automáticos generalizados. Sistemas de controlo de velocidade. Sistemas de sinalização. Electrificação. And last but not least, perfis de linha que permitam maiores velocidades (não forçosamente velocidades elevadas), e mais toneladas por eixo. Todas estas limitações têm de ser tomadas em conta!

3.b) Raramente ouço, quando se fala em TGV discutir as duas componentes: a primeira, o material circulante (locomotiva + carruagens), a segunda a própria linha. Por exemplo, já temos a experiência do Pendular: óptimas máquinas, capazes de velocidades estonteantes, que estiveram a ser sub-utilizadas por limitações da linha. Ao revés, ter uma linha excepcional que é desgastada por comboios que implicam um muito maior esforço e manutenção é igualmente desperdício. Ou seja, se queremos construir uma linha que receba as fantásticas máquinas da Alstom, factores como o raio de curvatura da linha, alinhamento, o perfil, a distância entre vias, etc, implica custos exponenciais para o projecto. Por exemplo, quanto menor o raio de curvatura, maiores os custos com expropriações, menores as opções para limitar a construção de pontes e tuneis. São considerações não desprezáveis, que não se colocam para velocidades inferiores.

3.c) Finalmente, é possível uma utilização mista? Uma interessante discussão sobre os principais problemas pode ser lida na wikipedia (em inglês). As conclusões essenciais são de duas ordens: 1. uma linha mista que permita as mesmas velocidades que uma linha dedicada a passageiros tem de ter pendentes mais reduzidas, logo a construção tem maiores limitações conforme referidas no ponto prévio. 2. A capacidade da linha é fortemente afectada pelo facto de coexistir material circulante a diferentes velocidades.



Conclusões:
Há que decidir, urgentemente, o que é necessário para Portugal. Queremos transporte ferroviário de passageiros em Alta Velocidade, ou uma renovação do transporte ferroviário de mercadorias para a Europa (que permite transporte ferroviário de passageiros a velocidades não AV)? É esta definição que importa e urge fazer.

A meu ver, temos de ser responsáveis e esquecer de vez o transporte ferroviário para passageiros em Alta Velocidade durante muitos anos, e concentrar os esforços em dois pontos:
1. Modernização da infraestrutura existente : electrificação, via dupla, ajustamentos pontuais para permitir maior velocidade e toneladas por eixo;
2. Construção de novos canais em Bitola Internacional, paralelos aos existentes, e ampliando a cobertura geográfica do território;


A minha proposta passaria por vários passos:
1. Construção de troços novos em via simples em bitola europeia, electrificada, e vocacionada para transporte de mercadorias (via mista não AV), com a seguinte prioridade:
a) Sines - Beja - Évora - Elvas
b) Aveiro - Viseu - Vilar de Formoso
c) Lisboa - Évora (- Elvas) [No mapa, várias alternativas de entrada em Lisboa]
d) Porto - Vila da Feira - Viseu (-Vilar de Formoso)



2. Upgrade de vias existentes para as características das anteriores:
e) Linha do Oeste (Aveiro - Coimbra - Leiria - Lisboa)
f) Linha da Beira Baixa (Caldas? - Entroncamento - Castelo Branco - Guarda)
g) Linha do Minho (Porto - Valença)



3. Upgrade de todas as vias não electrificadas para permitir a circulação das actuais composições, com preparação para a nova bitola.

4. Pensar em canais dedicados para passageiros, de AV.


Naturalmente, os comboios AV vindos de Espanha poderão circular nas linhas de mercadorias, simplesmente a velocidade reduzida. A meu ver, o investimento no material circulante deve incidir sobretudo sobre locomotivas e composições de carga, mantendo a abertura para, se em Espanha estiverem interessados em realizar um serviço regular Lisboa - Madrid com as condicionantes necessárias, o poderem fazer. Já agora, é assim que funcionam os serviços internacionais do TGV.

De igual modo, coexistirão durante algum tempo duas redes. Isto permitirá continuar a utilizar o material circulante de passageiros existente e progressivamente adquirir e adaptar novo para as linhas em bitola internacional.


Em sumário, não a um TGV, sim a um plano ferroviário nacional com incidência no tráfego de mercadorias.

Voilá



Um dos problemas desta crise de excesso de envididamento no passado é que ela está a ser resolvida com mais endividamento para o futuro. Os Estados estão a investir para puxar pela economia, a gastar mais com subsídios sociais, nacionalizações, garantias e fundos a empresas. Pior ainda, a redução de cobrança de impostos decorrente do arrefecimento económico desequilibrará irremediavelmente a balança. E neste jogo deficitário e endividado, Portugal está particularmente mal posicionado, por ter agora um dos piores "ratings" da Zona Euro e por ter uma dívida externa já tão elevada.


Explicado de forma simples e eficaz. Está em jogo o futuro.

É complicado encontrar um ponto de balanço entre investimento público e deixar a economia funcionar, e infelizmente creio que em Portugal este governo está a gastar como se não houvesse amanhã. Melhor, a meu ver, seria a redução da carga fiscal (em vez da atribuição de subsídios discricionários, com o mesmo efeito, a quem tem influência), o corte orçamental prioritarizado (a começar por todas as áreas que contribuam para o défice externo), a eliminação de determinadas barreiras alfandegárias no mundo lusófono.

E sobretudo, é chegada a hora de ter gente de carácter à frente dos destinos de Portugal.

terça-feira, janeiro 20, 2009

Sócrates


"Sócrates não é o coveiro da pátria. É sim o ilusionista deste circo chamado Portugal."


Helena Matos, no Blasfémias.

quinta-feira, novembro 06, 2008

Pergunta inconveniente.


Porque carga de água é que uma pessoa que trabalha, luta, é excelente naquilo que faz, e é de herança mista, é considerada "mais um negro a quebrar uma barreira"?

Afinal, é tão preto, como branco, como mestiço. A fórmula 1 está cheia de brancos do mesmo modo que o atletismo está cheio de pretos. E mestiços, amarelos, azuis, côr-de-rosa. Para quê?

Para mim, Lewis Hamilton não passa de britânico, com origens de que se pode orgulhar um pouco por todo o mundo. Como eu em Trás-os-Montes e no Douro. E não passa de ser um dos melhores pilotos de Fórmula 1 de sempre. Querer dar-lhe mais do que isso é menosprezar a sua grandiosidade.

voilá.

terça-feira, agosto 12, 2008

Um pouco mais de seriedade, sff.


"Pode estar em curso uma tentativa de depor um regime estrangeiro", disse o Presidente norte-americano. "Isso é inaceitável no século XXI."



Estivesse caladinho e fizesse apenas o que lhe mandam, já chegaria.

domingo, junho 15, 2008

Notas do encontro Startracker


Hotel Bellevue, Bern, 14 Junho 2008

As minhas interpretações do que foi dito.

Carlos Sardinha: diferença dos portugueses para restantes povos, o coração.
Aspectos positivos: altruísmo, vontade férrea, persistência
Impacto potencialmente negativo: inveja.
O desemprego residual na Suiça é a razão para a força da economia. Exige respeito da parte dos empregadores para com os seus empregados e aumenta os salarios automaticamente. Isto consegue-se a partir de flexibilização: tem de ser possível despedir.

Tiago Forjaz: mudança de paradigma. Não há emigrantes, ou expatriados, há uma diáspora. Não somos um país, somos um povo, e há que quebrar a mútua desconfiança entre portugueses e a sua diáspora.
The term diaspora (in Ancient Greek, διασπορά – "a scattering or sowing of seeds") refers to the forcing of any people or ethnic population to leave their traditional homelands, the dispersal of such people, and the ensuing developments in their culture.

Encontrar o que nos une: altruísmo, humildade, vontade, e construir ligações de entre-ajuda mesmo se indo contra a cultura e o fazendo mais superficialmente (vide: americanos)


Outras notas:
interessante reflexão sobre as assimetrias regionais e a necessidade de descentralização, embora me pareça ser um problema já bem definido.
O potencial de Moçambique, onde por comparação com Angola, há uma maior proximidade afectiva com Portugal e necessita mais de investimento estrangeiro. Grande potencialidade agrícola.

terça-feira, abril 29, 2008

Ponto de situação


- Não acho que exista uma correlação directa entre o alegado Aquecimento Global e a intervenção do homem;
- Acho que o mercado decide melhor que os políticos;
- Defendo a liberdade de que cada um faça os disparates que o afectem, sem que com isso afecte outros;
- Sou contra o aborto, aceito reticentemente o status quo da despenalização criminal;
- Sou regionalista extremo: defendo a soberania ao nível do bairro (sem ironia);
- Defendo que as razões para tomar opções devem ser económicas: por exemplo, investir na ferrovia para minimizar a dependência de recursos energéticos exteriores;
- Acho que é mais provável ganhar 3 vezes o euro-milhões do que um buraco negro engolir a terra por causa das experiências ciêntificas do CERN;
- Sou a favor da tradição: as matanças do porco não me afligem, nem rissóis fritos em óleo de há 10 dias. E acho que se devem realizar as touradas, sem grandes tragédias.

sábado, abril 19, 2008

PSD (2)


O PSD tem uma oportunidade de ouro para se livrar de barões e elites, das bases truculentas, e injectar sangue novo, formado fora do actual pântano político nacional.

E, essencialmente, o PSD precisa de não ostracizar quem está pelo partido: É hora de uma fagocitose cuidada. Os caciques não são maus, assim como o não são os barões.